Arqueologia como ação sociopolítica: o caso do Cais do Valongo, Rio de Janeiro, século XIX

Autores

  • Tania Andrade Lima Museu Nacional/UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.31239/vtg.v7i1.10617

Palavras-chave:

Cais do Valongo, diáspora africana, arqueologia sociopolítica

Resumo

Ao longo de sua trajetória, a arqueologia foi colocada, inúmeras vezes, a serviço de ideologias dominantes e não raro espúrias, em geral de cunho fortemente nacionalista. Contudo, a penetração do pensamento crítico na disciplina vem mostrando a relevância da sua atuação em favor de grupos desfavorecidos, sobretudo quando relacionados, na condição de comunidades descedentes, a pesquisas em andamento. Se assumir um caráter ativista e engajado, ela tem forte potencial para contribuir para a construção de políticas sociais emancipatórias e, por conseguinte, para maior justiça social, robustecendo esses grupos perante os interesses dominantes. A materialidade da violência sobre segmentos oprimidos, quando exposta, tem uma contundência que provoca forte impacto sobre a sensibilidade humana, favorecendo reflexões que podem contribuir para uma mudança nas posições desvantajosas ocupadas por esses grupos na sociedade. Neste artigo é apresentada a arqueoogia que trouxe de volta o cais do Valongo, local onde desembarcaram centenas de milhares de africanos para serem escravizados no Brasil, concebida como uma ação sociopolítica.

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Publicado

2013-06-30

Como Citar

Lima, T. A. (2013). Arqueologia como ação sociopolítica: o caso do Cais do Valongo, Rio de Janeiro, século XIX. Vestígios - Revista Latino-Americana De Arqueologia Histórica, 7(1), 179–207. https://doi.org/10.31239/vtg.v7i1.10617

Edição

Seção

Artigos