Temporalidades e saberes inscritos em ruínas e memórias
DOI:
https://doi.org/10.31239/vtg.v1i13.14932Palavras-chave:
Produção do conhecimento, Temporalidades, Memória, Arqueologia EtnográficaResumo
Este artigo trata de uma pesquisa desenvolvida em um complexo de ruínas na praia do Sahy, no litoral sul do Rio de Janeiro/Brasil que teve duas linhas de ação concomitantes. A primeira em torno de um problema histórico-arqueológico associado às ruínas sobre o tráfico ilegal de escravos e o processo de escravização de africanos na primeira metade do século XIX. A segunda enfocou os usos contemporâneos desse espaço e o caráter público da prática de pesquisa, refletindo sobre aspectos metodológicos e o processo de produção do conhecimento.
Downloads
Referências
ABREU, M. C. & MATTOS, H. (org.). 2012. Passados presentes. 1a Ed. Niterói: EDUFF.
AGOSTINI, Camilla. 2002. Entre senzalas e quilombos: “comunidades do mato” em Vassouras do oitocentos. In: Zarankin, A. e Senatore, M.X. (org.) Arqueologia da Sociedade Moderna na América do Sul. Cultura Material, Discursos e Práticas. Buenos Aires: Ed. Del Tridente.
AGOSTINI, Camilla. 2009. Cultura material e a experiência africana no sudeste oitocentista: cachimbos de escravos em imagens, histórias, estilos e listagens. Topoi. Vol.10 (18).
AGOSTINI, Camilla. 2013. Cultura material e expressão simbólica à sombra da clandestinidade: o caso do sítio São Francisco / São Sebastião (SP). In: Mattos, Hebe (org.) Diáspora negra e lugares de memória. A história oculta das propriedades voltadas para o tráfico clandestino de escravos no Brasil Imperial.
AGOSTINI, C. & ALMEIDA, M.L.de. 2019. De Mvika à Cabiúna: a dinâmica social de pessoas e lugares no processo de escravização durante o segundo escravismo. In: Santos, Vanicléia Silva; Symanski, Luís Cláudio & Holl, Augustin. Arqueologia e história da cultura material na África e na diáspora africana. Curitiba: Editora Prismas.
BELL, J. A. 1991. Anarchy and Archaeology. In: Robert W. Preucel (Ed.). Processual and postprocessual archaeologies: multiple ways of knowing the past. Illinois: Center for Archaeological Investigations.
BENJAMIN, W. 2006. Passagens. Traduzido para o português por Irene Aron. Belo Horizonte: Editora da UFMG.
BOCCIA, A. M. M. & MALERBI, E. M. 1977. O contrabando de escravos para São Paulo. Revista de História, No. 112.
BONETTI, A. & FLEISCHER, S. (org.). 2007. Entre saias justas e jogos de cintura. Florianópolis: EDUNISC.
CASTAÑEDA, Q. E. 2006. The invisible theatre of ethnography: performative principles of fieldwork. Project Muse. Social Tought and Comentary.
CASTAÑEDA, Q. E. 2009. The past as transcultural space: using ethnographic installation in the study of archaeology. Public Archaeology: archaeological ethnographies, vol. 8 (2-3).
CHAKRABARTY, D. 1997. The time of history and the time of gods. In: Lisa Lowe; David Lloyd (Eds.) The politics of culture in the shadow of capital. London: Duke University Press.
CRAEMER, W.; VANSINA, J. & FOX, R. C. 1976. Religious Movements in Central Africa: a theoretical study. Comparative Studies in Society and History vol.18, (4).
COMARROF, J. & COMARROF, J. 2010. Etnografia e imaginação histórica. Revista Proa, n° 2, vol.01.
COLWELL-CHANTHAPHONH, C. 2009. Myth of the Anasazi: archaeological language, collaborative communities, and the contested past. Public Archaeology: archaeological ethnographies, vol. 8 (2/3).
CURTIN, P. D. 1969. The Atlantic Slave Trade: A Census. University of Wisconsin Press, Madison.
FABIAN, J. 2013 (1983). O tempo e o outro. Como a antropologia estabelece seu objeto. Rio de Janeiro: Editora Vozes.
FAVRET-SAADA, J. Cadernos de Campo. No. 13, 2005. Tradução para o português de Siqueira, Paula e Lima, Tania Stolze. “Ser afetado”, do original Favret-Saada, Jeanne. “Être Affecté”. In: Gradhiva: Revue d´Histoire et d´Archives de l´Anthropologie, 8, 1990.
FEINMAN, G. M. 1997. Thoughts on new approaches to Combining the archaeological and historical records. Journal of Archaeological Method and Theory. V.4, n.os ¾.
FERREIRA, M. M. & AMADO, J. 2005. Usos e abusos da História Oral. Rio de Janeiro: FGV.
FERREIRA, R.A. 1996. Dos Sertões ao Atlântico: tráfico ilegal e comércio lícito em Angola, 1830-1860. Dissertação de mestrado, IFCH / UFRJ.
FLORENTINO, M.G. 1995. Em Costas Negras: uma história do tráfico atlântico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro, séculos XVIII e XIX. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional.
GONZÁLEZ-RUIBAL, Alfredo. 2014. Returning to where we have never been: excavating the ruins of modernity. Ruin Memories Materialities, Aesthetics and the Archaeology of the Recent Past. London: Routledge.
HALBWACHS, M. 2004. Los marcos sociales de la memoria. Caracas: Anthropos Editorial.
HAMILAKIS, Y. & ANAGNOSTOPOULOs, A. 2009. What is Archaeological Ethnography? Public Archaeology: arachaeological ethnographies, vol. 8 (2-3).
HAMILAKIS, Y. 2011. Archaeological Ethnography: A Multitemporal Meeting Ground for Archaeology and Anthropology. Annu. Rev. Anthropol. No. 40.
HOGBERG, A. & HOLTORF, C. 2005. Talking people – from community to popular archaeologies. In: Arkeologi Splittring eller Mangfald? Kulturmiljoavdelning, Estocolmo.
JAPIASSÚ, H. 1976. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago.
KLEIN, H. S. 1999. The Atlantic Slave Trade. New approaches to the Americas. Cambridge University Press.
LITTLE, B. 2013. Reversing the narrative from violence to peace: some thoughts from an archaeologist. Historical Archaeology. Vol 47 (3).
LOURENÇO, T.C.P. 2013. Os Souza Breves e o tráfico ilegal de africanos no litoral sul-fluminense. In: Hebe Mattos (org.) Diáspora negra e lugares de memória: a história oculta das propriedades voltadas para o tráfico clandestino de escravos no Brasil imperial. Niterói: Editora da UFF.
LOURENÇO, T.C.P. 2018. O Império da Escravidão. O complexo Breves no vale do café (Rio de Janeiro, c. 1850-1888). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional.
MACGAFFEY, W. 1986. Ethnography and the closing of the frontier in Lower Congo, 1885-1921. Africa, 56 (3).
MATTOS, H. (Org.). 2013. Diáspora negra e lugares de memória: A história oculta das propriedades voltadas para o tráfico clandestino de escravos no Brasil imperial, Niterói: EDUFF.
MATTOS, H. & ABREU, M. Forthcoming. Performing History: Jongos, Quilombos and the Memory of Illegal Atlantic Slave Trade in Rio de Janeiro, Brazil. In: David Dean (ed.) A Companion to Public History, Chichester, U.K., John Willeys & son Ltda.
MATTOS, H. & SCHNOOR, E. (org.). 1995. Resgate: uma janela para o oitocentos. Rio de Janeiro: top books.
MUAZE, M. & SALLES, R. 2015. O Vale do Paraíba e o Império do Brasil nos quadros da Segunda Escravidão. Rio de Janeiro: 7Letras.
PEREIRA, J. C. M. S. 2007. À flor da terra: o cemitério dos pretos novos no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Garamond.
POLLAK, M. 1989. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos. Vol. 2 (3).
RODRIGUES, J. 2005a (2000). O infame comércio. Propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil (1800-1850). Campinas: Ed. Unicamp.
RODRIGUES, J. 2005b. De costa a costa. Escravos, marinheiros e intermediários do tráfico negreiro de Angola ao Rio de Janeiro (1780-1860). São Paulo: Companhia das Letras.
SCHIFFER, M.B. 1995. Behavioral Archaeology. First principles. Salt Lake City: University of Utah Press.
SCHIFFER, M.B. 1996. Formation Processes of the Historical and Archaeological Records. In: W. David Kingery (ed.). Learning from Things: method and theory of material culture studies. Smithsonian Institution Press.
SILVA, W.G. da. 2006. O antropólogo e sua magia. São Paulo: Edusp.
SLENES, R.W. 1995. “Malungu, ngoma vem!” África encoberta e descoberta no Brasil. Cadernos da escravatura, Luanda.
SLENES, R.W. 1999. Na senzala uma flor As esperanças e recordações na formação da família escrava Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
SLENES, R.W. 2002. The great porpoise-skull strike: central african water spirits and slave identity in early-nineteenth-century Rio de Janeiro. In: Central Africans and Cultural Transformations in the American Diaspora. Cambridge: Cambridge University Press.
SLENES, R.W. inédito. “Tumult and silence” in Rio de Janeiro, 1848: a central revitalization cult in the abolition of the Brazilian slave trade. Campinas (versão 2001).
THOMPSON, P. 2002. A voz do passado. História Oral. São Paulo: Paz e Terra.
THOMPSON, R.F. 1984 (1983). Flash of the spirits. African and Afro-American art and philosophy. Nova Iorque: Vintage Books.
THORNTON, J.K. 2010. Religião e vida cerimonial no Congo e áreas Umbundo, de 1500 a 1700. In: Linda M. Heywood (org.), Diáspora Negra no Brasil. São Paulo: Editora Contexto.
VANSINA, J. 1990. Paths in the Rainforests. Toward a history of political tradition in Equatorial Africa. Wisconsin: University of Wisconsin Press.
YABETA, D.P. 2013. Da comunidade remanescente de quilombo ao tráfico de africanos livres: os processos da Auditoria Geral da Marinha sobre apreensões de recém-desembarcados na Ilha da Marambaia (RJ) – 1850-51 In: MATTOS, H. (Org.). Diáspora negra e lugares de memória: A história oculta das propriedades voltadas para o tráfico clandestino de escravos no Brasil imperial, Niterói: EDUFF.
YABETA M., D.P. 2014. Marambaia. História, memória e direito na luta pela titulação de um território quilombola no Rio de Janeiro (c. 1850 – tempo presente). Tese (Doutorado em História). Niterói: UFF.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O trabalho Vestígios - Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica de https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/index está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/index.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/index.