Arqueologia do Digital
o Antropoceno e o Novaceno de homens e androides no jogo eletrônico Detroit: Become Human
DOI:
https://doi.org/10.31239/vtg.v15i1.16373Palavras-chave:
Arqueologia do Digital, jogo eletrônico, Antropoceno, Novaceno, Detroit: Become HumanResumo
Sob o viés arqueológico denominado archaeogaming (Reinhard, 2018), este artigo tem por objetivo central colaborar com a metodologia de análise de jogos eletrônicos em ambientes digitais a partir do produto Detroit: Become Human, lançado em 2018 pela desenvolvedora francesa Quantic Dream. Serão objetos de análise as paisagens arqueológicas extra e intra-jogo, buscando os tecnofósseis que corroboram a inserção do jogo, enquanto mídia física, no debate sobre o Antropoceno; e, enquanto mídia digital, na recente hipótese de datação geológica, elencada pelo químico e ambientalista James Lovelock denominada Novaceno (Novacene). Pretende-se, assim, apresentar não uma Arqueologia Digital, mas, sim, uma Arqueologia do Digital, escavando e trazendo à luz vestígios que permitam, ao mesmo tempo, o entendimento do uso humano de máquinas cibernéticas, bem como a representação dessas máquinas a partir de códigos de programação intra-jogo escritos por humanos.
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