Engenho Bom Jardim: cultura material e dinâmica identitária de uma comunidade escravizada do Mato Grosso

Autores

  • Luís Claudio P. Symanski UFPR
  • Suzana Hirooka Archaeo pesquisas arqueológicas

DOI:

https://doi.org/10.31239/vtg.v7i1.10613

Palavras-chave:

Mato grosso, escravidão, engenhos de açúcar, cultura material, africanos, dinâmica identitária

Resumo

Este trabalho discute a dinâmica interna da comunidade escravizada do Engenho Bom Jardim (MT), uma plantation da cana-de-açucar que manteve um dos maiores plantéis de escravos do Mato Grosso oitocentista. O estudo das fontes documentais revela informações sobre a composição do plantel, em termos de identidade, gênero, perfil etário, atividades, conformação de famílias e saúde. Os dados arqueológicos, referentes a escavações realizadas na área de fábrica do engenho, complementam este quadro, revelando facetas das práicas cotidianas, dos sistemas de crenças e dos processos de construção e de reconstrução de identidade no interior dessa comunidade. O conjunto das evidências aponta para a manutenção, no espaço de engenho, de memórias e práticas sociais de origem centro-africana, mais notoriamente expressas nos vocábulos banto empregados como segundos nomes de alguns indíviduos e na reprodução, nos vasilhames cerâmicos artesanais de produção local-regional, de motivos decorativos típicos de populações daquela região da África.

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Publicado

2013-06-30

Como Citar

Symanski, L. C. P., & Hirooka, S. (2013). Engenho Bom Jardim: cultura material e dinâmica identitária de uma comunidade escravizada do Mato Grosso. Vestígios - Revista Latino-Americana De Arqueologia Histórica, 7(1), 23–72. https://doi.org/10.31239/vtg.v7i1.10613

Edição

Seção

Artigos