Avaliação in vitro da microinfiltração e adaptação marginal em restaurações classe v simulando lesões de abfração
estudo piloto
Palavras-chave:
Infiltração dentária, Adaptação marginal, OdontologiaResumo
Este estudo in vitro avaliou restaurações classe V, simulando lesões de abfração, quanto à microinfiltração e adaptação marginal. Vinte e quatro pré-molares superiores foram divididos em seis grupos (n=4), variando a combinação restauradora: G1=Ketac Molar Liquid/Ketac Molar Easymix, G2=Primer/ Vitremer, G3=Adper Single Bond2/Durafill VS, G4=Adper Single Bond2/Z100, G5=Clearfil SE Bond/ Durafill VS, G6=Clearfil SE Bond/Z100. Todos os dentes foram submetidos aos ensaios de ciclagem térmica (1000 ciclos/5º-55ºC), ciclagem mecânica (100.000 ciclos/8Kgf) e, em seguida, imersos em solução aquosa de azul de metileno 0,5% (pH 7,2) por 4h. Os espécimes foram seccionados longitudinal e transversalmente, obtendo-se duas partes. A qualidade do selamento marginal foi avaliada através de dois métodos, um qualitativo, por meio de escores, e outro quantitativo, por análise morfométrica usando o software Imagelab 2000. Os resultados tratados pelos testes ANOVA a dois critérios e Tukey (5%) mostraram diferença estatística significativa (p < 0,05) em ambos os métodos, revelando menores valores de microinfiltração das restaurações para G1 e G2. Não houve diferença estatisticamente significante para a adaptação marginal em todos os grupos. Concluiu-se que os cimentos de ionômero de vidro convencional e modificado por resina são os mais indicados para restaurações em áreas de abfração quando comparados aos outros materiais testados.
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