Avaliação da resistência à tração de reparos de restaurações de resina composta

Autores

  • Neimar Sartori Universidade Federal de Santa Catarina
  • Sylvio Monteiro Junior Universidade Federal de Santa Catarina
  • Renata Gondo Universidade Federal de Santa Catarina
  • Mirian Marly Backer Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

Dentística operatória, Adesivos dentinários, Resinas compostas

Resumo

Reparos de resina composta podem evitar a substituição de restaurações com desgaste superficial. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência de diferentes tratamentos de superfície e sistemas adesivos na resistência de união entre resinas compostas envelhecidas e reparos. Trinta cubos de resina composta (A3) com 64mm3 foram confeccionados, envelhecidos artificialmente (5000 ciclos de termociclagem) e distribuídos em 3 grupos de acordo com o tratamento de superfície: G1 - condicionamento com ácido fosfórico; G2: asperização com uma ponta diamantada e condicionamento com ácido fosfórico; G3 - jateamento com óxido de alumínio e condicionamento com ácido fosfórico. Cada grupo foi subdividido em dois subgrupos de acordo com o sistema adesivo utilizado: adesivo do sistema Adper Scotchbond MP(BO) ou Adper Single Bond 2(SB). Todos os grupos experimentais receberam uma restauração de resina composta (WE) em 3 incrementos. Um grupo controle foi confeccionado, no qual esses incrementos foram inseridos diretamente sobre o cubo de resina composta não envelhecida. Os espécimes foram armazenados em água destilada a 37ºC por 24 horas e então seccionados longitudinalmente no sentido X e Y para obtenção dos corpos-de-prova com 0,64mm2 de área de adesão. Uma amostra de cada grupo foi confeccionada para avaliar as alterações superficiais provocadas pelos diferentes tratamentos no microscópio eletrônico de varredura. Os dados de resistência de união foram analisados por meio do teste de ANOVA com dois fatores e o detalhamento foi realizado pelos testes de Tukey HSD e Dunnett (α=5%). Os valores de resistência de união e desvios-padrão em MPa foram: G1(BO):60,1±9,2, G1(SB):48,8±21,7, G2(BO):64,4±13,5, G2(SB):64,5±9,0, G3(BO):76,9±14,5, G3(SB):72,6±13,9 e controle 75,6±13,1. Independentemente do agente de união utilizado, o tratamento mecânico da superfície a ser reparada é essencial para o sucesso do procedimento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Fawzy AS, El-Askary FS, Amer MA. Effect of surface treatments on the tensile bond strength of repaired water-aged anterior restorative microfine hybrid resin composite. J Dent. 2008;36:969- 76.

Gordan VV. Clinical evaluation of replacement of class V resin based composite restorations. J Dent. 2001;29:485-8.

Bonstein T, Garlapo D, Donarummo Jr J, Bush JP. Evaluation of varied repaired protocols applied to aged composite resin. J Adhes Dent. 2005;7:41- 9.

Kukrer D, Gemalmaz D, Kuybulu EO, Bozkurt FO. A prospective clinical study of ceromer inlays: results up to 53 months. Int J Prosthodont. 2004;17:17-23.

Bonstein T, Garlapo D, Donarummo Jr J, Bush PJ. Evaluation of varied repair protocols applied to aged composite resin. J Adhes Dent. 2005;7:41- 9.

Suzuki S, Ori T, Saimi Y. Effects of filler composition on flexibility of microfilled resin composite. J Biomed Mater Res B Appl Biomater. 2005;74:547-52.

Van Kerckhoven H, Lambrechts P. Unreacted methacrylate groups on the surfaces of composite resins. J Dent Res. 1982;61:791-5.

Sobreira FMS, Acevedo CR, Freitas Filho LHS, Vidal APV, Barros LF, Ferreira MP. Methods of repair in composed resin: a revision. Odontologia Clín-Científ. 2008;7:123-8.

DeHoff PH, Anusavice KJ,Wang Z. Threedimensional finite element analysis of the shear bond test. Dent Mater. 1995;11:126–31.

Versluis A, Tantbirojn D, Douglas WH. Why do shear bond tests pull out dentin? J Dent Res. 1997;76:1298–307.

Van Noort R, Cardew GE, Howard IC, Noroozi S. The effect of local interfacial geometry on the measurement of the tensile bond strength to dentin. J Dent Res. 1991;70:889–93.

Van Noort R, Noroozi S, Howard IC, Cardew G. A critique of bond strength measurements. J Dent. 1989;17:61–7.

Placido E, Meira JB, Lima RG, Muench A, Souza RM, Ballester RY. Shear versus micro-shear bond strength test: a finite element stress analysis. Dent Mater. 2007;23:1086–92.

Sano H, Shono T, Sonoda H, Takatsu T, Ciucchi B, Carvalho R, et al. Relationship between surface area for adhesion andtensile bond strength: evaluation of amicro-tensile bond test. Dent Mater. 1994;10:236–40.

Ferrari M, Goracci C, Sadek F, Eduardo P, Cardoso C. Microtensile bond strength tests: scanning electron microscopy evaluation of sample integrity before testing. Eur J Oral Sci. 2002;110:385–91.

Pashley DH, Sano H, Ciucchi B, Yoshiyama M, Carvalho RM. Adhesion testing of dentin bonding agents: a review. Dent Mater. 1995;11:117–25.

Costa TR, Ferreira SQ, Klein-Júnior CA, Loguercio AD, Reis A. Durability of surface treatments and intermediate agents used for repair of a polished composite. Oper Dent. 2010;35:231–7.

Rodrigues Jr SA, Ferracane JL, Della Bona A. Influence of surface treatments on the bond strength of repaired resin composite restorative materials. Dent Mater. 2009;25:442–51.

Franco EB, Pazim MSL, Francischone CE. Avaliação in vitro da resistência de união de diferentes combinações entre adesivos e resinas compostas. Braz Oral Res. 2000;14: 225-31.

Turner CW, Meiers JC. Repair of an aged, contaminated indirect composite resin with a direct, visible-light-cured composite resin. Oper Dent. 1993;18:187-94.

Downloads

Publicado

2016-05-10

Como Citar

Sartori, N., Junior, S. M., Gondo, R., & Backer, M. M. (2016). Avaliação da resistência à tração de reparos de restaurações de resina composta. Arquivos Em Odontologia, 46(4). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/arquivosemodontologia/article/view/3545

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)