Autopercepção de idosos de Teresina-PI sobre saúde bucal e fatores associados

Autores

  • Maria Josecí Lima Cavalcante Vale Faculdade Integral Diferencial
  • Flávia Martão Flório Faculdade de Odontologia e Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic
  • Luciane Zanin Centro Universitário Hermínio Ometto
  • Glaucia Maria Bovi Ambrosano Universidade Estadual de Campinas
  • Roberta Blanco Santos Faculdade de Odontologia e Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic

DOI:

https://doi.org/10.7308/aodontol/2016.52.1.05

Palavras-chave:

Autoimagem, Saúde bucal, Idoso

Resumo

Objetivo: Avaliar a autopercepção da saúde bucal, associando-a a variáveis socioeconômicas, clínicas e comportamentais.

Material e Métodos: Este estudo de natureza transversal avaliou uma amostra de 425 idosos de 60 anos, de Teresina-PI. O exame intrabucal foi realizado pelo índice de ataque de cárie (CPO-D), índice periodontal e uso e necessidade de prótese. O índice de saúde bucal geriátrica (GOHAI) foi avaliado por meio de entrevista, cujos dados referentes foram apresentados de forma descritiva e posteriormente dicotomizados em baixa percepção (somatório dos escores < 32) e alta percepção (somatório dos escores ≥ 32). Foram feitas análises univariadas por meio do teste de qui-quadrado para se avaliar a associação entre o perfil do idoso, CPO-D, índice periodontal e uso e necessidade de prótese (variáveis de exposição) e o índice GOHAI (variável de desfecho). As variáveis que apresentaram nível de significância menor que 0,2 foram estudadas na análise de regressão logística múltipla com procedimento stepwise, a fim de identificar os fatores associados à baixa percepção.

Resultados: O CPO-D foi de 29,3 ± 4,4 (média / ± dp). Em relação à doença periodontal, 14,2% dos dentes eram hígidos, 23,5% com sangramento e 7,0% com bolsa periodontal. Quanto ao uso de prótese, 73,4% e 47,5% dos idosos pesquisados usam-na na região superior e inferior, respectivamente; e 25,0% e 51,0% necessitam de prótese na região superior e inferior, respectivamente. Os idosos com renda menor ou igual a um salário mínimo apresentaram 2,19 (IC: 1,30-3,69) vezes mais chance de apresentar baixa percepção de saúde bucal. Aqueles que ingerem diariamente medicamentos têm 1,90 (IC: 1,10-2,87) vezes mais chance de apresentar baixa percepção de saúde bucal e os que não necessitam de próteses dentárias inferiores têm 1,88 (IC: 0,35-1,09) vezes mais chance de apresentar baixa percepção de saúde bucal que os idosos que necessitam de próteses totais.

Conclusão: A autopercepção da saúde bucal pelos idosos de Teresina-PI, participantes deste estudo, foi positiva. No entanto, possuir renda mensal menor que um salário mínimo, ingerir diariamente medicamentos e necessitar de próteses totais inferiores são fatores associados a uma baixa percepção desses sujeitos em relação à sua saúde bucal.

 

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Publicado

2016-09-27

Como Citar

Vale, M. J. L. C., Flório, F. M., Zanin, L., Ambrosano, G. M. B., & Santos, R. B. (2016). Autopercepção de idosos de Teresina-PI sobre saúde bucal e fatores associados . Arquivos Em Odontologia, 52(1). https://doi.org/10.7308/aodontol/2016.52.1.05

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