Análise do pH, acidez e açúcares totais de sucos de frutas industrializados

Autores

  • Estela Maris Losso Universidade Positivo
  • Juliana Yassue Barbosa da Silva Universidade Federal de Santa Catarina
  • João Armando Brancher Universidade Positivo

Palavras-chave:

Refrescos, pH, Erosão dentária

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar 20 sucos de frutas industrializados, sob o ponto de vista do potencial erosivo e cariogênico. Avaliaram-se três parâmetros que podem contribuir para a possível perda de minerais dentários: concentração de íons de hidrogênio (pH), acidez titulável e carboidratos totais. O pH foi determinado com auxílio de um potenciômetro Metler Toledo 320 previamente calibrado. A acidez foi determinada por titulometria, gotejando-se NaOH 0,1 N em amostras de cada suco até que o pH das mesmas atingisse 7,0. Os carboidratos totais foram determinados pelo método do fenol-sulfúrico. Todos os sucos analisados apresentaram pH inferior a 5,5, sendo que cinco apresentaram pH abaixo de 4,0. Já os valores percentuais de acidez titulável obtidos variaram entre 1,9 e 10,4 %. Onze dos sucos analisados apresentaram mais de 30% de açúcares totais. Quando pH, acidez e açúcares totais foram analisados em conjunto, percebe- se que a maioria dos sucos apresentou baixo pH, altas quantidades de carboidratos e elevada acidez, o que os tornam tanto erosivos quanto cariogênicos. Os resultados permitem sugerir que, se consumidos com freqüência, estes sucos podem contribuir para o desenvolvimento de erosão e cárie dentária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Keyes PH. Recent advantages in dental research. Int Dent J. 1962; 12:443-64.

Newbrun E. Cariology. Baltimore: Williams & Wilkins; 1978.

Van Houte J. Role of micro-organisms in caries etiology. J Dent Res. 1994; 73:672-81.

Cury JA, Rebelo MA, Del Bel Cury AA, Derbyshire MT, Tabchoury CP. Biochemical composition and cariogenicity of dental plaque formed in the presence of sucrose or glucose and fructose. Caries Res. 2000; 34:491-7.

Nunn JH. Prevalence of dental erosion and the implications for oral health. Eur J Oral Sci. 1996; 104:156-61.

Hunter ML, West NX, Hughes JA, Newcombe RG, Addy M. Relative susceptibility of deciduous and permanent dental hard tissues to erosion by a low pH fruit drink in vitro. J Dent. 2000; 28:265-70.

Järvinen V, Rytömaa I, Meurman JH. Location of dental erosion in a referred population. Caries Res. 1992; 26:391-6.

Levine RS. Saliva: the nature of saliva. DentUpdate. 1989; 16:102-6.

Meurman JH, Ten Cate JM. Pathogenesis and modifying factors of dental erosion. Eur J Oral Sci. 1996; 104:199-206.

Moss SJ. Dental erosion. Int Dent J. 1998; 48:529-39.

O’ Sullivan EA, Curzon ME. A comparison of acidic dietary factors in children with and without dental erosion. J Dent Child. 2000; 67:186-92.

Sánchez GA, Fernandez DE, Preliasco MV. Salivary pH changes during soft drinks consumption in children. Int J Paediatr Dent. 2003; 13:251-7.

Imfeld T. Dental erosion: Definition, classification and links. Eur J Oral Sci. 1996; 104:151-5.

Maupomé-Carvantes G, Sánchez-Reyes V, Laguna-Ortega S, Andrade-Delgado LD, Diez de Bonilla-Calderón J. Patrón de consumo de refrescos en una población mexicana. Salud Publica Mex. 1995; 37:323-8.

Birkhed D. Sugar content, acidity and effect on plaque PH of fruit juices, fruit drinks, carbonated beverages and sport drinks. Caries Res. 1984; 18:120-7.

Moynihan PJ. Dietary advice in dental practice. Br Dent J. 2002; 193: 563-8.

Ten Cate JM, Imfeld T. Dental erosion, summary. Eur J Oral Sci. 1996; 104:241-4.

Scheutzel, P. Etiology of dental erosion- intrinsic factors. Eur J Oral Sci. 1996; 104:178-90.

Gouveia MM, Tames DR, Fereira R, Bahi FC, Morreto J. Propriedades erosivas de sucos de frutas industrializados recomendado como suplemento alimentar para crianças. J Bras Odontopediatr Odontol Bebê 2000; 3:111-7.

Cavalcanti AL, Oliveira KF, Paiva PS, Rabelo MV, Costa SK,Vieira FF. Determinação dos sólidos solúveis (Brix) e pH em bebidas lácteas e sucos de frutas industrializados. Pesq Bras Odontopediatria Clín Integr. 2006; 6:57-64.

Dubois M, Gilles KA, Hamilton JK, Rebers PA. Colorimetric method for determination of sugars and related substances. Nature 1956; 28:350-6.

Millward A, Shaw L, Smith A J, Rippin JW, Harrignton E. The distribuition and severety of tooth wear and the relationship between erosion and dietary constituents in a group of children. Int J Paediatr Dent. 1994; 4:151-7.

Westergaard J, Moe D, Pallensen U, Holmen, L. Exaggerated abrasion/erosion of human dental enamel surfaces: a case report. Scand J Dent Res. 1993; 101:265-9.

Corso AC, Hugo FN, Padilha DM. PH e tiratibilidade de sucos artificiais de limão. Rev Fac Odontol Porto Alegre. 2002; 43:30-3.

Shaw L, Smith AJ. Dental erosion- the problem and some practical solutions. Br Dent J. 1998; 186:115-8.

Rytoma I, Meurman JH, Koskinen J, Laakso T, Gharazi L, Turunen R. In vitro erosion of bovine enamel caused by acidic drinks and other foodstuffs. J Dental Res. 1988; 96:324-33.

Borges MT, Parazzi C, Piedade SM. Avaliação de métodos químicos de determinação de açúcares redutores em xaropes. Anais do 4º Congresso Nacional da STAB. VIII Convenção da ACTALAC; 1987; Olinda.

Downloads

Publicado

2016-03-14

Como Citar

Losso, E. M., Silva, J. Y. B. da, & Brancher, J. A. (2016). Análise do pH, acidez e açúcares totais de sucos de frutas industrializados. Arquivos Em Odontologia, 44(3). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/arquivosemodontologia/article/view/3477

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)