MOBILIDADE PENDULAR E CENTRALIDADE ESPACIAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

Autores

  • Carlos Lobo
  • Leandro Cardoso
  • Ralfo Matos

DOI:

https://doi.org/10.29327/249218.9.9-5

Palavras-chave:

Mobilidade pendular, Desconcentração espacial, Autonomia municipal

Resumo

As grandes cidades brasileiras, sobretudo aquelas com rápido crescimento a partir de meados do século passado, vêm apresentando, notadamente nas últimas três décadas, sinais de desconcentração  espacial,  descentralização  econômica  e  redistribuição  da  população. Diversos fatores têm favorecido essa tendência, tais como os relacionados aos custos sociais resultantes de processos como deseconomias de aglomeração, além das políticas públicas destinadas a melhorar a distribuição de atividades e  oportunidades.  A  atual  organização  espacial da Região Metropolitana de Belo Horizonte parece confirmar essas hipóteses. Desde a década de 1970,  muitos  municípios  da  periferia,  vêm  apresentando  incrementos populacionais mais expressivos, resultado, em boa medida, do grande volume de emigrantes procedentes do núcleo metropolitano. Essa dispersão espacial da população também teve seus reflexos na distribuição da produção de riquezas na região, o que pode ser demonstrado pela perda de participação relativa do PIB de Belo Horizonte nas últimas décadas.  O  propósito  desse estudo é avaliar o nível de dependência  econômica  dos  municípios  periféricos  da  RMBH em relação ao núcleo metropolitano com base nos deslocamentos espaciais diários da população. Os Censos Demográficos de 1980 e 2000 e as Pesquisas Domiciliares de Origem e Destino (OD’s) de 1992 e 2001 foram as principais fontes de dados dessa pesquisa, a partir das quais foi possível identificar, na maior parte dos municípios periféricos, a redução  no volume  dos deslocamentos com destino ao núcleo metropolitano. Quando os movimentos têm como motivo o trabalho, conforme informações obtidas  a  partir  dos  deslocamentos identificados  nas pesquisas OD, essa redução na centralidade metropolitana torna-se ainda mais relevante. Mesmo que Belo Horizonte tenha mantido sua notória centralidade e continue atraindo um expressivo volume dos movimentos de população na região, há um sensível redirecionamento nos movimentos pendulares. Favorecendo o crescimento da população que trabalha no próprio município de residência.

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Publicado

2009-05-11

Como Citar

Lobo, C., Cardoso, L., & Matos, R. (2009). MOBILIDADE PENDULAR E CENTRALIDADE ESPACIAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE. Cadernos Do Leste, 9(9). https://doi.org/10.29327/249218.9.9-5

Edição

Seção

Artigos