DINAMISMO DO MERCADO DE TRABALHO FORMAL E MOBILIDADE ESPACIAL DE TRABALHADORES
DOI:
https://doi.org/10.29327/249218.9.9-6Keywords:
Migração, Mercado de trabalho, Mobilidade espacialAbstract
Considerando o atual período intercensitário, quando a principal fonte de dados municipais apresenta-se em muitos aspectos desatualizada, busca-se explorar novas questões sobre a mobilidade espacial através das possibilidades oferecidas pela base de dados da Rais e Raismigra. Este trabalho apresenta uma análise do dinamismo do mercado de trabalho dos municípios brasileiros nos últimos dez anos, e seu impacto na mobilidade espacial de trabalhadores no mercado formal. Com base na evolução das taxas de variação anual do emprego formal entre 1998 e 2006, fez-se uma seleção dos municípios mais dinâmicos. Foram considerados como tais aqueles que apresentaram crescimento anual acima da média nacional em pelo menos seis dos oito períodos analisados. Confirmando as tendências de crescimento demográfico registradas nos últimos anos, observa-se que os municípios que atendem a esse quesito estão mais presentes nas regiões Norte e Centro-Oeste e entre os municípios que possuem entre 20 mil e 500 mil habitantes. Os dados da mobilidade espacial no mercado formal confirmam a tendência de dinamismo dos municípios selecionados, tendo em vista que nestes, quando comparados com os demais municípios, é maior a participação no total de empregados em 2005 daqueles que tiveram experiência no mercado formal em outros municípios nos cinco anos anteriores. Os dados sobre a origem desses trabalhadores mostram que os fluxos municipais mais expressivos, acima de cinco mil registros, são de curta distância e localizados dentro de áreas metropolitanas. Entre os fluxos intermediários, entre mil e cinco mil registros, surgem fluxos de longa distância, destacando aqueles que têm como origem as grandes capitais da região Sudeste. Destacam-se ainda diversos fluxos direcionados a municípios dinâmicos das regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Belo Horizonte, além dos que apontam para dinâmicas sub-regionais, como entre Londrina e Maringá e os direcionados para municípios do norte fluminense (Campos dos Goytacazes eMacaé).