DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE VIDA; LIMITAÇÕES NA UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DO CRESCIMENTO ECONÔMICO
DOI:
https://doi.org/10.29327/249218.8.8-5Keywords:
Desenvolvimento humano, Crescimento econômico, Indicadores quantitativos, Abordagem críticaAbstract
Este trabalho procura discutir as limitações dos indicadores quantitativos de desenvolvimento humano e de crescimento econômico a partir das diferenças existentes entre as condições de vida nas diversas regiões do mundo. Essa temática há bastante tempo vêm merecendo destaque nas discussões políticas internacionais. As ditas teorias do desenvolvimento, inicialmente organizadas nos trabalhos da economia clássica, ganharam grande força, sobretudo a partir de finais do século XVIII. Em geral, a ampliação das diversas formas de renda e riqueza passou a compor os critérios de definição e as formas de mensuração do desenvolvimento. Os sistemas de contabilidades nacionais, representados por inúmeros agregados econômicos, passaram a integrar os variados indicadores econômicos utilizados. Conclui-se a diversidade de atores sociais, interesses, visões de mundo e projetos de sociedade conformam uma complexidade no pensar e propor a reorientação dos ideais de desenvolvimento. Finalmente, cabe enfatizar que as uma abordagens mais profundas e consistentes do desenvolvimento sustentável se arranjam em torno de valores/princípios fundamentais que devem ser destacados: fortalecimento da democracia participativa - a ampliação do exercício da cidadania para a participação social; busca da inclusão, da equidade e da solidariedade social; respeito e promoção da pluralidade cultural, das identidades étnicas e dos saberes tradicionais e uma nova articulação (horizontal) destes saberes com o conhecimento científico ocidental; reforço à autonomia, autodeterminação e autogestão das comunidades sobre seus recursos produtivos e formas de vida; atenção às especificidades dos ecossistemas (e o conhecimento profundo de suas dinâmicas), valorização de seus processos e potenciais ecológicos e de sua biodiversidade, assim como a observação de sua capacidade de suporte.