Modelagem Espacial do Desmatamento Amazônico
DOI:
https://doi.org/10.29327/248949.24.24-4Palavras-chave:
desmatamento, Amazônia, modelos espaciaisResumo
O maior desafio em estabelecer uma função de desenvolvimento socioeconômico para um potencial de degradação ambiental, como no caso específico do desflorestamento, consiste em obter medidas de um conjunto de variáveis que deem alguma indicação do comportamento da variável dependente através de um futuro próximo. Desse modo, explorar espacialmente as variáveis que mais explicam o desmatamento amazônico, com o intuito de alcançar um modelo parcimonioso, capaz de lançar uma luz a respeito do comportamento da degradação ambiental dessa região, num futuro próximo, é o que se está objetivando nesse trabalho. Com base na exploração estatística de variáveis, direta ou indiretamente, envolvidas no processo de desmatamento amazônico, este estudo teve por objetivo a elaboração de modelos lineares clássicos e espaciais que estabeleçam relações funcionais entre essas variáveis e a fração desmatada no município, ou seja, percentagem da área original de floresta desmatada. Esses objetivos foram alcançados através das seguintes etapas: exploração estatística de variáveis econômicas de demográficas envolvidas, direta ou indiretamente, no processo de desmatamento amazônico; elaboração de transformações matemáticas nas variáveis selecionadas, de modo a obter o melhor ajuste entre cada uma delas e suas respectivas variáveis dependentes; estimação de modelos lineares clássicos que estabeleceram relações funcionais entre essas variáveis e o desmatamento; aplicação de testes de autocorrelação espacial nas modelagens anteriores; e, por fim, estimação dos modelos espaciais do desmatamento amazônico. Pretende-se ainda que os modelos estimados subsidiem a simulação de cenários futuros capazes de integrar variações socioeconômicas da região e seus impactos sobre o nível de desmatamento.