O riso das margens e o siso do centro: as iluminuras em O nome da rosa
DOI:
https://doi.org/10.17851/2238-3824.23.2.147-163Keywords:
Umberto Eco, O nome da rosa, iluminura, comédia, Nietzsche, Borges.Abstract
Este artigo enfoca a importância das iluminuras na trama de O nome da rosa, de Umberto Eco, que servem de pretexto ao debate sobre a questão medieval do riso e do risus monasticus. Para tal, observam-se aspectos da juta verbal dos antagonistas – Guilherme de Baskerville e o Venerável Jorge – em torno do hipotético livro de Aristóteles sobre a comédia, a relação entre a imagem (periférica e cômica) e o texto (central e solene) e uma surpreendente contraposição entre as perspectivas aristotélica e nietzschiana da comédia – que o venerável monge revela em seu discurso, apontando para aspectos pós-modernos desse romance que homenageia, entre outros, Jorge Luis Borges.