Uma leitura do filme Vou para casa, de Manoel de Oliveira
DOI:
https://doi.org/10.17851/2359-0076.30.43.11-24Abstract
Uma leitura do filme Vou Para Casa, de Manoel de Oliveira, como uma metáfora da impossibilidade do ser humano de se distanciar de si mesmo, recorrendo eternamente à imagem da ‘volta a casa’, como um modo de sobrevivência perante as adversidades da vida. Sob a ótica de temas frequentes na obra do diretor, como a questão do jogo de cena, a herança teatral, servindo de apoio a diferentes enfoques para a estrutura narrativa cinematográfica. A análise trata também da postura do homem perante as tragédias pessoais e sua necessidade de se desvencilhar da realidade, protegendo-se nas camadas das diversas personalidades assumidas.
A reading of Manuel de Oliveira’s Vou Pra Casa as a metaphor for the impossibility of human beings to distance themselves from their own life, eternally recurring to the image of ‘going home’ as a way of surviving before the adversities of life. Usual themes of the director work like the mise-en-scène and the theatrical request, serves the purpose of supporting different focus of the cinematography structure. The analysis also deals in such as the posture of men thrown before personal tragedy and its need to shake off reality guarding himself in different personae.