O TRABALHO DOCENTE NO ENFRENTAMENTO DO GERENCIALISMO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS: REPERCUSSÕES NA SUBJETIVIDADE.
Resumo
Este estudo analisa o processo de reconfiguração das IFES a partir da Reforma do Estado de 1995 e, em especial, os limites e as possibilidades de enfrentamento das adversidades vivenciadas pela categoria docente, provenientes das amarras impostas pelo modelo gerencialista. Identifica a cultura acadêmica como indutora de práticas predominantemente pragmáticas e competitivas, como também propiciadora do individualismo, da rivalidade entre os pares e da consequente fragilização do coletivo. Análises teóricas são articuladas às entrevistas semiestruturadas, realizadas com docentes de instituições federais de ensino superior. Constata que o docente, imerso nessa cultura, tende a naturalizar essa lógica empreendedora e considerar de modo acrítico e idealizado o espaço acadêmico, como um lugar que favorece vivências de autonomia, criação e realização profissional. Nessa perspectiva o professor pode não perceber a captura da sua subjetividade e apresentar dificuldades na busca do enfrentamento das condições adversas, colocando, portanto, em risco a sua saúde.
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