BENZER, ORAR E EDUCAR: PERCURSOS DE UMA CURADORA DA AMAZÔNIA

Autores

  • Maria Betânia Barbosa Albuquerque Universidade do Estado do Pará (UEPA)
  • Marcio Barradas Sousa

Palavras-chave:

Educação, Benzedura, Saberes.

Resumo

O artigo analisa a benzedura como prática educativa a partir da experiência de uma curadora evangélica, cuja prática se assenta no enfrentamento de doenças físicas e espirituais, no ensino de terapêuticas e da doutrina evangélica. O quilombo de Abacatal no Pará é o lócus de seu atendimento, espaço de circulação de saberes. A experiência de Dona Dionéia revela a benzedura como premissas para pensarmos o processo educativo sobre o qual assenta sua prática. Teoricamente, o artigo situa-se na interface entre educação e antropologia. Caracteriza-se como um estudo de natureza qualitativa do tipo etnográfico sob a metodologia da História oral. A prática educativa de Dona Dionéia mobiliza saberes ambientais, medicinais, espirituais e corporais. Assim, homens e mulheres aprendem a partir da observação que fazem do rito de cura, na escuta das orações e terapêuticas, na imitação da técnica de produção e (re) criação do remédio, configurando uma pedagogia do cotidiano.

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Biografia do Autor

Maria Betânia Barbosa Albuquerque, Universidade do Estado do Pará (UEPA)

Drª. em Educação: História, Política, Sociedade (PUC/SP) com Pós-Doutoramento (CES-UC-PT), Profª. do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Coord. do GP História da Educação na Amazônia (GHEDA).

Marcio Barradas Sousa

Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Pará; Especialista em Educação na Saúde para Preceptores do SUS (IEP/UEPA); Especialista em Ensino de História do Brasil (Faculdade Ipiranga)

Publicado

2023-05-30

Como Citar

Albuquerque, M. B. B., & Sousa, M. B. (2023). BENZER, ORAR E EDUCAR: PERCURSOS DE UMA CURADORA DA AMAZÔNIA. Educação Em Revista, 34. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/21298