Cuidado e gerencialismo: para onde vai o trabalho das professoras

Autores

Palavras-chave:

trabalho docente – gênero – ensino fundamental 1 – gerencialismo – cuidado

Resumo

O artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa sobre as atuais configurações de gênero no trabalho docente no ensino fundamental 1, que foi historicamente associado a uma feminilidade e a práticas de cuidado. Contudo, as formas de gestão empresarial, difundidas na administração pública brasileira desde o final da década de 1990, têm colocado em questão esse modelo, ao exigirem dos educadores e educadoras posturas baseadas não apenas na lógica de mercado, mas também em valores que se considera como relativos a um tipo de masculinidade, como individualismo, competitividade, foco na ascensão na carreira e em recompensas monetárias. Para investigar se esses movimentos levaram ao apagamento dos traços históricos de feminilidade associados ao trabalho das professoras do fundamental 1, foi feito um estudo qualitativo na rede pública estadual de SP, que indicou a permanência de referências a uma feminilidade, porém ressignificadas e contraditoriamente integradas às novas políticas gerencialistas.

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Biografia do Autor

Marília Pinto de Carvalho, Faculdade de Educação da USP

Professora Associada Sênior na Faculdade de Educacao da USP

Cinthia Torres Toledo, FEUSP

É doutoranda em Educação e bolsista FAPESP.

Ivana Gonçalves de Oliveira, FEUSP

É mestranda em Educação.

Ângela Esteves Modesto, FEUSP

É doutoranda em Educação e professora do curso de Psicologia do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas-FMU.

Claudio da Silva Neto, FEUSP

É doutorando em Educação e Diretor de Escola na rede municipal de São Paulo.

Publicado

2023-05-30

Como Citar

Carvalho, M. P. de, Toledo, C. T., Oliveira, I. G. de, Modesto, Ângela E., & Neto, C. da S. (2023). Cuidado e gerencialismo: para onde vai o trabalho das professoras. Educação Em Revista, 34. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/21344