UTOPIAS NA DOCÊNCIA EM HISTÓRIA: DIÁLOGOS COM PROFESSORES FRANCESES
Palavras-chave:
Ensino de História, Utopias, Formação de professoresResumo
Esse texto explora discursos de professores de histoire-géographie sobre a docência em História expressos em editoriais de duas revistas publicadas por associações docentes francesas: Historiens & Géographes e Les Clionautes (1998-2016). Problematizam-se as utopias políticas e educacionais percebidas nesses documentos, a fim de complexificar o olhar sobre os discursos que percorrem a formação de professores de História no Brasil. Foram selecionados os editoriais que tratavam sobre formação de professores de História, destacando os que, de alguma maneira, expressavam utopias político-educacionais. Utopias são entendidas como narrativas fundadas em crítica ao tempo presente e que projetam futuros melhores, na esteira do Princípio Esperança de Ernst Bloch. A análise permitiu identificar diversas categoriais, sendo que, neste artigo, o foco é na didática e no papel da História no futuro dos estudantes. Dialogar com as revistas francesas, escritas por professores de histoire-géographie da educação básica, evidenciou que o foco nas utopias torna pouco importantes as dicotomias entre história e ensino – típicas do discurso sobre formação docente no Brasil. Quando professores de história são provocados a falar sobre seus sonhos, perspectivas e responsabilidades profissionais, a atenção se desloca da repetição dos enunciados mais frequentes em direção a outros percursos, sempre inéditos, provocados pelos encontros com os estudantes e a história, na vida da sala de aula.
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