Da polêmica sobre literalidade e aprendizado na obra de Deleuze
Palavras-chave:
Deleuze. Literalidade. Aprendizado. Personagem conceitual.Resumo
Neste artigo, trataremos de um dentre os maiores debates no campo deleuziano dos estudos pedagógicos brasileiros. No II Colóquio Franco-Brasileiro de Filosofia da Educação, realizado entre os dias 18 e 19 de novembro de 2004 na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o filósofo francês François Zourabichvili foi convidado a realizar uma apresentação que seria polemizada por Tomaz Tadeu da Silva e Peter Pál Pelbart. O texto apresentado pelo primeiro autor para o debate foi “Deleuze e a questão da literalidade”, que visava propor uma teoria do ensino deleuziana a partir do conceito de literalidade. No mesmo evento, René Schérer apresentou um trabalho sobre o tema do aprendizado que, apesar de não tratar da questão da literalidade, discutia a possibilidade de pensar uma teoria da aprendizagem a partir de Deleuze e de alguns paralelos com a literatura. Em 2005, os quatro textos foram publicados no especial “Entre Deleuze e a educação” da revista Educação & Sociedade. Mais tarde, em 2009, Luiz B. Orlandi apresentou uma outra réplica do texto de Zourabichvili no I seminário Conexões: “Deleuze e Imagem e Pensamento e....”, realizado na Unicamp. A discussão revela-se estratégica, uma vez que reúne cinco filósofos de projeção internacional e grande influência no Brasil para pensar o problema da relação entre literalidade, literatura e aprendizado no pensamento de Gilles Deleuze. Enfocamos os personagens conceituais articulados em cada texto da polêmica para mapear a relação entre os conceitos e os planos pré-filosóficos.
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