O NÃO LUGAR DA FORMAÇÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
REFLEXÕES À LUZ DA BNCC E DA BNC-FORMAÇÃO
Palavras-chave:
Conteúdos curriculares, Docentes em formação, Educação AmbientalResumo
Os lugares ocupados pelas discussões no currículo dizem muito sobre a intencionalidade e sobre os interesses que circundam os documentos norteadores da educação brasileira. À vista disso, e com base no aporte teórico relacionado ao pensamento complexo e à Educação Ambiental crítica, o presente estudo versa sobre a identificação do lugar ocupado pela formação ambiental na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e na Base Nacional Comum para a formação inicial e continuada de professores da Educação Básica (BNC-Formação), verificando, por meio de um estudo documental e à luz da Análise Textual Discursiva, que o que de fato se delineia nos documentos mencionados e utilizados como fontes de análise é um não-lugar para a formação ambiental, convergindo, assim, para o silenciamento dos preceitos da Educação Ambiental crítica na Educação Básica e no Ensino Superior, este último no que diz respeito a cursos de licenciatura. Nesse sentido, os resultados desvelaram que a discussão socioambiental é objeto de generificação na BNCC e de invisibilização na BNC-Formação, demonstrando, desse modo, como tais documentos configuram-se como instrumentalizadores de uma formação reprodutora dos interesses da ordem dominante e do status quo e arraigada ao paradigma simplista e fragmentador da produção do conhecimento, o que impossibilita a percepção crítica e complexa da realidade.
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