A AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PARTICIPATIVA DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E A CORRESPONSABILIDADE DOS EDUCADORES

Autores

  • MEIRE FESTA Universidade de São Paulo
  • Mônica Appezzato Pinazza Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

autoavaliação institucional participativa, avaliação, qualidade da educação infantil, prática pedagógica

Resumo

Este artigo refere-se a alguns dos dados de uma pesquisa de caráter exploratório, que teve como tema a implementação de Autoavaliação Institucional Participativa (AIP), como política pública de avaliação da educação infantil da Rede Municipal de Ensino da cidade de São Paulo, entre 2013 e 2016. O estudo de caso envolveu profissionais de 1869 unidades educacionais e buscou analisar o processo da AIP sob a ótica dos participantes (FESTA, 2019). Nesta oportunidade, pretende-se focalizar os depoimentos dos educadores a questionário e a entrevista semiestruturada, retratando como eles, à época, concebiam a questão da corresponsabilidade na qualificação das ações cotidianas de suas respectivas instituições, visto que a perspectiva de transformação se constitui parte fundante da AIP (SORDI, 2010; SORDI; SOUZA,2012; FREITAS, 2016; MORO,2017). A pesquisa demonstrou a resistência dos profissionais, de várias instituições e de diferentes instâncias administrativas, em assumir a posição de responsabilização pessoal pela qualificação do atendimento às crianças e às famílias (CAMPOS; RIBEIRO, 2016, 2017). Trouxe, ainda, elementos que indicaram a dificuldade dos educadores em realizar uma análise verdadeiramente crítica de suas práticas pedagógicas (OLIVEIRA-FORMOSINHO, KISHIMOTO 2002; FREIRE, 1996), delegando a outros atores ou atribuindo a fatores externos a possibilidade de realizar as transformações concretas julgadas necessárias. Em conclusão, os dados produzidos indicaram a necessidade de, a partir da AIP, estabelecer metas comuns pertinentes, cuja execução seja de responsabilidade individual, mas também coletivamente assumidas, e que estejam intencionalmente articuladas ao Projeto Político-Pedagógico de cada instituição (FREITAS, 2005,2016).

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Biografia do Autor

  • MEIRE FESTA, Universidade de São Paulo

    Doutora em Educação pela Faculdade de Educação pela Universidade de São Paulo (2019). É pesquisadora vinculada ao Grupo de Pesquisa “Contextos Integrados de Educação Infantil” e responsável pela coordenação do Grupo de Estudos “Formação De Professores em Contextos Integrados” da Faculdade de Educação da USP.

  • Mônica Appezzato Pinazza, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

    Professora Associada (Livre Docente) da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo/Brasil. Coordenadora do Grupo de Pesquisa “Contextos Integrados de Educação Infantil” e responsável pela coordenação do Grupo de Estudos “Formação Profissional e Práticas de Supervisão em Contextos” da Faculdade de Educação da USP. Representante do Brasil junto à European Early Childhood Education Research Association (EECERA). 

Publicado

10-03-2023

Edição

Seção

Dossiê "Educação Infantil: avaliação e qualidade em perspectiva”

Como Citar

1.
A AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PARTICIPATIVA DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E A CORRESPONSABILIDADE DOS EDUCADORES. edur [Internet]. 10º de março de 2023 [citado 12º de julho de 2025];39(39). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39321

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