Versão forte ou versão matizada das teorias da reprodução cultural? Uma discussão

Autores

  • Sérgio Grácio

Palavras-chave:

Teorias da Reprodução, Efeito Escola, Socialização Familiar, Socialização Escolar

Resumo

As teorias da reprodução cultural nos processos educativos sustentam que um conjunto de traços disposicionais adquiridos nos diferentes meios de origem pelas crianças e pelos jovens que predispõem às aprendizagens escolares ou, pelo contrário, as desfavorecem ou inibem. Essas teorias procuram estabelecer os pontos de afinidade e de disparidade entre as duas socializações, do meio de origem escolar. Quanto mais numerosas e profundas as afinidades maior a probabilidade de uma criança ou jovem ser bem sucedido escolarmente. Quanto mais numerosas e profundas as disparidades menor será aquela probabilidade. Sustenta-se no artigo que um aspecto central das teorias da reprodução cultural, que podemos especificar através da noção de educabilidade, não tem sido devidamente levado em conta. Em princípio, disposições adquiridas na primeira socialização favoráveis às aprendizagens escolares deveriam traduzir-se numa progressão nessas aprendizagens mais substancial do que no caso de uma socialização menos favorável. Contudo, há investigação empírica realizada nos EUA que não confirma inteiramente o que poderíamos considerar como as previsões da teoria em matéria de educabilidade e de progressão nas aprendizagens. A análise de dados portugueses de épocas e origens diversas aparentemente também converge com alguns resultados daquela investigação.

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Publicado

2023-05-29

Como Citar

Grácio, S. (2023). Versão forte ou versão matizada das teorias da reprodução cultural? Uma discussão. Educação Em Revista, 20(40). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45256

Edição

Seção

Artigos