Debite um analfabeto no seu cartão: a solidariedade com estratégia para alfabetizar a população e desresponsabilizar o Estado
Palavras-chave:
Alfabetização de jovens e adultos, GovernamentalidadeResumo
Adotar analfabetos, multiplicar sujeitos solidários e empresariar o analfabetismo foram consideradas neste artigo como práticas "solidárias", cujos efeitos esperados são a redução do anlfabetismo e o aumento da responsabilidade da sociedade civil na solução dos problemas sociais do país. Tal argumento foi construídopor meio do estudo de uma parceria dos discursos do Programa Alfabetização Solidária (PAS), criado em 19997, como um apolítica nacional para erradicação do analfabetismo no Brasil. A pesquisa contou com os estudos de governamento e governamentalidade inspirados em Michel Foucault e com a análise de um conjunto de publicaçõesdo PAS, editadas periodicamente (19997-2002) com ampla circulação nacional. A pesquisa posibilitou aguçar o olhar para a a multiplicidadedos usos da solidariedade nas últimas décadas. Com isso, ao se enrendar na racionalidade neoliberal, a solidariedade constitui-se em uma estratégia que, ao mesmo tempo, promove a alfabetização de jovens e adultos e pode potencializar a desresponsabilização do Estado em relação aos direitos sociais.
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