PÚBLICO-PRIVADO NO FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

QUEM GANHA E QUEM PERDE NO MERCADO DA BENEMERÊNCIA?

Autores

  • Lorrana Oliveira Nunes Universidade Federal da Paraíba/Mestra em Educação https://orcid.org/0000-0002-4450-4652
  • Ana Cláudia da Silva Rodrigues Universidade Federal da Paraíba/Professora do Magistério Superior

Palavras-chave:

público-privado, financiamento educacional, educação especial, mercado

Resumo

Este artigo objetiva analisar o jogo de disputas e negociações pelo fundo público entre as parcerias público-privadas no financiamento da educação especial. As discussões derivam da revisão bibliográfica e documental de escritos alinhados ao objetivo eleito, e estão sustentadas nos pressupostos teóricos do materialismo histórico-dialético (MARX, 1985). Na análise das fontes consultadas, verificou-se que no contexto de desoneração do Estado em relação às políticas sociais, as parcerias público-privadas ganham a disputa no mercado da benemerência em detrimento ao público-alvo da educação especial, e buscam os recursos do fundo público e a participação nos direcionamentos das políticas educacionais. Evidenciou-se ainda, que a parceria entre o Estado e o setor privado contribuiu para precarizar o ensino público, alimentar tensões entre os direitos conquistados e os direitos efetivados, e para descumprir as metas do PNE 2014-2024 e dos pactos firmados entre o Brasil e os organismos internacionais, como a Declaração de Salamanca (1994). Por outro lado, os achados revelaram algumas saídas para combater o apartheid social e educacional, que tem sido disseminado pela classe empresária na saga da disputa pelo fundo público: desenvolver a capacidade de organização, de acesso à informação e de comunicação interna para garantir os investimentos públicos; superar a gestão centralizada nos espaços escolares; e fortalecer o controle social por meio da participação social e popular.  

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Biografia do Autor

Lorrana Oliveira Nunes, Universidade Federal da Paraíba/Mestra em Educação

Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (2014), especialização em Gestão Pública pela Universidade Federal do Maranhão (2019) e mestrado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (2022).Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Radiologia; na área de Administração, com ênfase em Gestão Pública; na área da Educação, com ênfase em Políticas Educacionais, Financiamento Educacional e em Educação Especial. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Curriculares (GEPPC) da UFPB e da Rede de Pesquisadores sobre Financiamento da Educação Especial (Rede Fineesp). 

Ana Cláudia da Silva Rodrigues, Universidade Federal da Paraíba/Professora do Magistério Superior

Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba (1994), graduação em Ciências Agrárias pela Universidade Federal da Paraíba (2003), mestrado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (2003) e doutorado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (2012). Atualmente, é professora do Magistério Superior da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Educação com ênfase em Currículo, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas educacionais, currículo, educação integral, educação do campo e formação de professores. Editora da Revista Espaço do Currículo. Credenciada no Programa de Pós-graduação em Educação – UFPB, na linha de Políticas Educacionais. Vice-líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Curriculares; membro dos Grupo de Estudos e Pesquisas em Currículo e Práticas Educativas; Grupo de Estudos e Pesquisas de Práticas Educativas na Educação de Jovens e Adultos e Grupo de Pesquisa Currículos, Cotidianos, Culturas e Redes de conhecimentos – UFES.

Publicado

2024-10-25

Como Citar

Oliveira Nunes, L., & da Silva Rodrigues, A. C. . (2024). PÚBLICO-PRIVADO NO FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL: QUEM GANHA E QUEM PERDE NO MERCADO DA BENEMERÊNCIA?. Educação Em Revista, 40(40). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/40871

Edição

Seção

Artigos