Esse tal de final feliz
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.22.2.175-186Palavras-chave:
Mitologia, Super-Herói, Indústria Cultural, QuadrinhosResumo
O mito do herói remonta as épocas mais remotas da humanidade e reflete a batalha dos sujeitos na busca criativa por profundidade em sua integração com o real. O arquétipo do herói tem sempre nos acompanhado nos mitos, nos relatos fantásticos e na literatura, entretanto, mais recentemente, sob o desenvolvimento da cultura industrial, este arquétipo foi renovado: recebeu super-poderes e identidade secreta. Este herói-super-produto carrega atualmente o papel de messias salvador e guardião do happy end, transformando, com seus super-poderes, sua própria presença e função arquetípicas. Sob auspício da metodologia de pesquisa qualitativa de paradigma junguiano, com recurso a um conjunto bibliográfico e documental de ordem multidisciplinar, analisamos esta transformação a fim de fundamentar nossas especulações sobre suas possíveis consequências.
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