ARGUMENTATION AND ITS USE IN THE CLASSROOM: CONCEPTIONS OF HIGHER EDUCATION CHEMISTRY TEACHERS
Argumentação e seu uso em sala de aula: Concepções de professores de Química do Ensino Superior
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21172022240183Palavras-chave:
Argumentação, Pensamento do professor, Ensino de Química.Resumo
O artigo teve por objetivo compreender os sentidos que os professores de um curso de licenciatura em Química atribuem à argumentação. Trata-se de uma investigação qualitativa, em que se usou a teoria da argumentação no seu decurso metodológico e os procedimentos da Análise de Conteúdo para interpretar as informações obtidas por meio de entrevista discursiva. Mediante esse processo identificou-se um conceito para argumentação alinhado com as perspectivas lógica, retórica e dialética. Todos os professores, com exceção de um deles (P1), declararam que a argumentação é importante para o ensino de Química e mencionaram que o trabalho independente, o debate e a pergunta, foram as estratégias adotadas. Os resultados revelaram interdependência entre as categorias conceitual, epistemológica e didática; desse modo, as concepções dos professores a respeito da argumentação influenciaram no conceito para argumentação elaborado por eles, bem como no entendimento de como a argumentação pode ser usada em sala de aula.
Referências
Abreu, A. S. (2009). A Arte de Argumentar: Gerenciando razão e emoção. (13a ed.). Cotia: Ateliê Editorial.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Bogdan, R. C., & Biklen, S. K. (1994). Investigação qualitativa em educação. Portugal: Porto Editora.
Borges, T. D. B., Lima, V. M. D. R., & Ramos, M. G. (2018). Argumentação no ensino de Ciências: Estado do conhecimento das produções stricto sensu brasileiras nos últimos dez anos. Revista Dynamis, 24(1), 58-76.
Bozzo, M. V. (2011). Identificação dos perfis das pesquisas em argumentação no ensino de Ciências no período de 1988 a 2008. [Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo]. https://doi.org/10.11606/D.81.2011.tde-30092011-152219
Cardano, M. (2017). Manual de pesquisa qualitativa: A contribuição da teoria da argumentação. (Tradução Elisabeth da Rosa Conill). Petrópolis: Vozes.
Dicionário de Educação. (2011). Coordenação: Agnès Van Zanten. Petrópolis: Vozes.
Ferraz, A. T., & Sasseron, L. H. (2017). Espaço interativo de argumentação colaborativa: Condições criadas pelo professor para promover argumentação em aulas investigativas. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 19(e2658), 1-25.
Guimarães, D., & Mendonça, P. C. C. (2015). Avaliação de Habilidades Cognitivas em um contexto sociocientífico com foco nas habilidades argumentativas. Química Nova na Escola, 37(1), 35-42.
Hahn, U., & Oaksford, M. (2012). Rational Argument. In: Holyoak, K. J.; Morrison, R. G. The Oxford Handbook of thinking and reasoning. Oxford: Oxford library of psichology. Chapter 15, 277-298.
Hirdes, A. R., Barlette, V. E., & Guadagnini, P. H. (2018). Uma análise de habilidades cognitivas manifestadas por estudantes no laboratório de graduação de química. Vidya, 38(2), 137-161.
Ibraim, S. S., & Justi, R. (2017). Influências de um ensino explícito de argumentação no desenvolvimento dos conhecimentos docentes de licenciandos em Química. Ciência & Educação, 23(4), 995-1015.
Ibraim, S. S., & Justi, R. (2018). Ações docentes favoráveis ao ensino envolvendo argumentação: estudo da prática de uma professora de Química. Investigações em Ensino de Ciências, 23(2), 311-330.
Ibraim, S. S., & Justi, R. (2021). Contribuições de ações favoráveis ao ensino envolvendo argumentação para a inserção de estudantes na prática científica de argumentar. Química nova na escola, 43(1), 16-28.
Jiménez-Aleixandre, M. P., & Erduran, S. (2007). Argumentation in Science Education: An Overview. In: Erduran, S.; Jiménez-Aleixandre, M. P. Argumentation in Science Education. Science & Technology Education Library, Dordrecht, 35.
Leal, L. P. V., Salvi, R. F., & Lorenzetti, L. (2021). O Panorama da Argumentação Científica no Ensino de Química. Revista Debates em Ensino de Química, 7(3), 214-230.
Lima, Borges e Ramos (2018)
Lourenço, A. B., Abib, M. L. V. S., & Murillo, F. J. (2016). Aprendendo a ensinar e a argumentar: saberes de argumentação docente na formação de futuros professores de química. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 16(2), 295-316.
Maia, M. M. D., Cabral, P. F. O., & Queiroz, S. L. (2017). Alimentação saudável: abordagem interdisciplinar na educação básica. Educação e Fronteiras, 7(21), 14-24.
Autores X1 (2022).
Martins, M., Ibraim, S. S., & Mendonça, P. C. C. (2016). Esquemas argumentativos de Walton na análise de argumentos de professores de química em formação inicial. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 18(2), 49-72.
Mendonça, P. C. C., & Justi, R. S. (2013). Ensino-Aprendizagem de Ciências e Argumentação: Discussões e questões atuais. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 13(2), 187-216.
Mortimer, E. F., & Scott, P. (2002). Atividade discursiva nas salas de aula de Ciências: Uma ferramenta sociocultural para analisar e planejar o ensino. Investigações em Ensino de Ciências, 7(3), 283-306.
NRC. (2012). A Framework For K-12 Science Education: Practices, Crosscutting Concepts, and Core Ideas. Washington, D.C.: National Academy of Sciences.
Oliveira, R. J. (2015). Ensino de Química: Por um enfoque epistemológico e argumentativo. Química nova na escola, 37(4), 257-263.
Oliveira, J. A., & Mendonça, P. C. C. (2019). Proposta pedagógica para o ensino explícito de argumentação: O Caso da controvérsia histórica do gás oxigênio. Química Nova na Escola, 41(3), 266-274.
Oliveira, J. R. S., Batista, A. A., & Queiroz, S. L. (2010). Escrita Científica de Alunos de Graduação em Química: Análise de relatórios de laboratório. Química Nova, 33(9), 1980-1986.
Ortega, F. J. R., Alzate, O. E. T., & Bargalló, C. M. (2015). La argumentación em classe de ciências: Um modelo para su enseñanza. Educação e Pesquisa, 41(3), 629-646.
Perelman, C., & Olbrechts-Tyteca, L. (2014). Tratado da Argumentação: A nova retórica. (3a ed.). (Tradução Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão). São Paulo: Martins Fontes.
Sá, L. P., & Queiroz, S. L. (2011). Argumentação no ensino de ciências: Contexto brasileiro. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 13(2), 13-30.
Sampson, V., & Blanchard, M. R. (2012) Science teachers and scientific argumentation: Trends in views and practice. Journal of Research in Science Teaching, 49(9), 1122–1148.
Scarpa, D. L. (2015). O papel da argumentação no ensino de ciências: Lições de um workshop, Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 17, 15-30.
Simon, S., Erduran, S., & Osborne, J. (2006). Learning to teach argumentation: Research and development in the science classroom. International Journal of Science Education, 28(2-3), 235-260.
Schön, D. A. (1983). The reflective practitioner: How professionals think in action. Nova York: Basic Books.
Toulmin, S. (2022). Os usos do argumento. (3a ed.). (Tradução Reinaldo Guarany). São Paulo: Martins Fontes.
Vieira, R. D., & Nascimento, S. S. (2009). Uma proposta de critérios marcadores para identificação de situações argumentativas em salas de aula de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 26(1), 81-102.
Wenzel, J. W. (1990). Three Perspectives on Argument: rhetoric, dialetic, logic. In: Trapp, R.; Schuetz, J. (Ed.). Perspectives of argumentation: Essays in honor of Wayne Brockriede. Prospect Heights. Illinois: Waveland Press, 9-26.