THE STUDY ON PRODUCTIVE DISCIPLINARY ENGAGEMENT IN BIOLOGY TEACHING BASED ON SOCIOSCIENTIFIC ISSUES ABOUT DRUG USE

O ESTUDO SOBRE ENGAJAMENTO DISCIPLINAR PRODUTIVO NO ENSINO DE BIOLOGIA A PARTIR DE QUESTÕES SOCIOCIENTÍFICAS SOBRE O USO DE DROGAS

Autores

  • Sarah Eliane de Matos Silva Universidade Federal de Minas Gerais
  • Fábio Augusto Rodrigues e Silva Universidade Federal de Ouro Preto
  • Juliana Carvalho Tavares Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.1590/

Palavras-chave:

Questões sociocientíficas, Práticas epistêmicas, Engajamento disciplinar produtivo

Resumo

Este artigo apresenta um estudo sobre o engajamento disciplinar produtivo de estudantes do ensino médio durante atividades de caráter investigativo sobre o tema drogas realizadas em grupo e pautadas no debate sociocientífico. Ele também investiga a relação desse engajamento com as práticas epistêmicas. Por meio da observação participante e de registros audiovisuais, percebe-se nos episódios analisados, processos discursivos que evidenciam as práticas epistêmicas de produção, comunicação, avaliação e legitimação do conhecimento. Nota-se, ainda, um padrão de indicadores de engajamento (E3, EDP1 e EDP2), associado ao ensino de ciências sob a perspectiva da aprendizagem social. Estes resultados podem estimular futuras propostas de pesquisas acerca da relação entre questões sociocientíficas e a mobilização das práticas epistêmicas e engajamento dos estudantes em aulas de ciências.

Biografia do Autor

  • Fábio Augusto Rodrigues e Silva, Universidade Federal de Ouro Preto

    Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (2000), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006), doutorado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011). Atualmente é professor associado, nível III, do Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente do Instituto de Ciências Exatas e Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto. Tem experiência na área de Educação(ensino e pesquisa), com interesse principalmente nos seguintes temas: formação de professores inicial e continuada, educação ambiental, relações entre conhecimento científico, conhecimento cotidiano e conhecimento escolar, Teoria ator-rede e os contextos de aprendizagem, conflitos socioambientais.

  • Juliana Carvalho Tavares, Universidade Federal de Minas Gerais

    Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (1991) e doutorado em Programa de Biologia Molecular e Fisiologia - Universidad de Valladolid (1997). Atualmente é professora Associada IV do Departamento de Fisiologia e Biofísica da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Imunologia, Fisiologia, Bioquímica com ênfase Neuroimunofisiologia, Atua principalmente na área da neuroinflamação em diferentes contextos inflamatórios (malária, obesidade, sepse, Esclerose Múltipla) , visando elucidar os mecanismo celulares ( interação leucócito-endotélio) e moleculares. Também atua nas linhas de pesquisa Neurociências e educação, e Ensino de Biologia por investigação. No âmbito da extensão, colabora com o Projeto Interagir, Programa NEDUCOM; e coordena o Programa AGERE (Grupo de Ações educativas Relacionadas a Epilepsia), os projetos Mudando o Olhar, Purple Day, o Curso Tópicos em Epilepsia, sendo todas ações extensionistas que visam conscientizar a população sobre a Epilepsia.Orientadora colaboradora no Programa de Pós Graduação em Fisiologia e Farmacologia/ICB/UFMG, e orientadora permanente dos Programa de Pós Graduação em Neurociências, e Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Biologia (PROFBIO/ICB/UFMG). Atualmente é coordenadora adjunta Nacional da Rede PROFBIO/UFMG.

Referências

Araújo, A. O. (2008). O uso do tempo e das práticas epistêmicas em aulas práticas de química. (Dissertação de mestrado). Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, MG.

Bakhtin, M. (2011). Estética da criação verbal. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes.

Bloome, D., Carter, S. P., Christian, B. M., Madrid, S., Otto, S., Shuart-Faris, N., & Smith, M. (2008). On

discourse analysis in classrooms: Approaches to language and literacy research. Teachers College Press.

Brasil. Lei 10.836/15, de 9 de janeiro de 2004. Cria o Programa Bolsa Família e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República. Brasília, DF: Presidência da República. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.836.htm

Brasil. Lei 13.185/15, de 6 de novembro de 2015. Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). Brasília, DF: Presidência da República. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm

Chowdhury, T. B. M., Holbrook, J., & Rannikmae, M. (2020). Socioscientific issues within science education and their role in promoting the desired citizenry. Science Education International, 31(2), 203-208.

Cohen, E. G., & Lotan, R. A. (2017). Planejando o trabalho em grupo: estratégias para salas de aulas heterogêneas. 3. Ed. Porto Alegre: Penso.

Duschl, R. (2008). Science education in three-part harmony: Balancing conceptual, epistemic and social learning goals. Review of Research in Education, 32, 268-291.

Engle, R. A., & Conant, F. R. (2002). Guiding Principles for Fostering Productive Disciplinary Engagement: Explaining an Emergent Argument in a Community of Learners Classroom. Cognition and Instruction, 20(4), 399-483.

Espinosa, T. (2021). Reflexões sobre o engajamento de estudantes no Ensino Remoto Emergencial. Pesquisa

em Educação em Ciências, 23(e35439), 1-16. Fredricks, J. A., Blumenfeld, P. C., & Paris, A. H. (2004), School engagement: Potential of the concept, state of the evidence. Review of Educational Research, 74(1), 59-109.

Green, J., Dixon, C., & Zaharlic, A. (2005). A etnografia como uma lógica de investigação. Educação em Revista, 42, 13-79.

Hancock, T. S., Friedrichsen, P. J., Kinslow, A. T., & Sadler, T. D. (2019). Selecting Socio-scientific Issues for Teaching A Grounded Theory Study of How Science Teachers Collaboratively Design SSI-Based Curricula. Science & Education, 28, 639-667.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. INEP. (2021). Resultados finais. https://saeb.inep.gov.br/saeb/resultado-final-externo.

Jiménez-Aleixandre, M. P., & Crujeiras, B. (2017). Epistemic Practices and Scientific Practices in Science Education. In: Taber, K. S. & Akpan, B., Science Education: an International Course Companion, 69-80.

Kelly, G., & Licona, P. (2018). Epistemic Practices and Science Education. In M. R. Matthews (Ed.). History, Philosophy and Science Teaching: New Perspectives. (pp. 139-165). Cham, Switzerland: Springer International Publishing.

Kelly, G. J. (2021). Theory, Methods, and Expressive Potential of Discourse Studies in Science Education. Research in Science Education, 51, 225-233.

Levinson, R. (2018). Introducing socio-scientific inquiry-based learning (SSIBL). School Science Review, 100(371), 31-35.

Ludke, M., & André, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: E.P.U.

National Institute on Drug Abuse. (2022). COVID-19 & Substance Use. Recuperado de https://nida.nih.gov/drug-topics/comorbidity/covid-19-substance-use

Milena, L. M., Munford, D., & Fernandes, P. C. (2023). O construto de práticas epistêmicas em pesquisas

brasileiras em educação em ciências. Investigações em Ensino de Ciências, 28(1), 227-259. Pedaste, M., Mario Maeots, M., Siiman, L. A., Jong, T., Riesen, S. A. N. V., Kamp, E. T., Manoli, C. C., Zacarias, Z. C., & Tsourlidaki, E. (2015). Phases of inquiry-based learning: Definitions and the inquiry cycle. Educational Research Review, 14, 47-61.

Ramos, T. C., & Mendonça, P. C. C. (2021). Uma proposta de Modelo para Abordar Relações entre Práticas

Epistêmicas e Questões Sociocientíficas no Ensino de Ciências. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação

em Ciências, 21(e25348), 1-29.

Santos, W. L. P., & Mortimer, E. F. (2002). Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem C-T-S (Ciência-Tecnologia-Sociedade) no contexto da educação brasileira. Ensaio–pesquisa em educação em ciências, 2(2), 133-162.

Sasseron, L. H. (2018). Ensino de ciências por Investigação e o Desenvolvimento de Práticas: Uma Mirada para a Base Nacional Comum Curricular. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 18(3), 1061-1085.

Sasseron, L. H., & Souza, T. N. (2019). O engajamento dos estudantes em aula de física: apresentação e discussão de uma ferramenta de análise. Investigações em Ensino de Ciências, 24(1), 139-153.

Scarpa, D. L., & Campos, N. F. (2018). Potencialidades do ensino de Biologia por Investigação. Estudos avançados, 32(94), 25-41.

Silva, F. C., Nascimento, L. A., Valois, R. S., & Sasseron, L. H. (2022). Ensino de ciências como prática

social: relações entre as normas sociais e os domínios do conhecimento. Investigações em Ensino de Ciências,

27(1), 39-51. Silva, S. E. M., Silva, F. A. R., & Tavares, J. C. (2023). Engajamento disciplinar produtivo e práticas

epistêmicas: construtos para avaliação da aprendizagem em uma atividade sobre drogas no ensino médio.

Revista Cocar, 22, 1-20.

Silva, E. P. C., Franco, L. G., & Mendonça, P. C. C. (2024). Ensino de ciências por investigação e questões sociocientíficas em sala de aula: conexões a partir da análise de práticas epistêmicas. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 24(e47892), 1-29.

Souza, T. N. (2015). Engajamento disciplinar produtivo e o ensino por investigação: estudo de caso em aulas de física no ensino médio. (Dissertação de mestrado). Instituto de Física, Instituto de Química e Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

Sousa, P. J., & Oliveira, E. C. (2022). Reflexões acerca da Alfabetização Científica e Tecnológica na formação do cidadão. Revista Cocar, 17(35), 1-14.

Spradley, J. P. (1980). Participant Observation. Harcourt Brace Jovanovich College Publishers. Orlando, Florida. Stroupe, D. (2015). Describing “Science Practice” in Learning Settings. Science Education, 99(6), 1033-

1040.

Villanti, A. C., Lepine, S. E., Peasley-Miklus, C., West, J. C., Roemhildt, M., Williams, R., & Copeland, W. E. (2022). COVID-related distress, mental health, and substance use in adolescents and young adults. Child and Adolescent Mental Health, 27(2), 1-8.

Werle, F. O. C., & Silva, M. J. S. (2021). Vulnerabilidade social: práticas e desafios em escolas públicas de educação básica. Cadernos de pesquisa, 28(1), 276-302.

Downloads

Publicado

2025-04-29

Edição

Seção

RELATOS DE PESQUISAS / RESEARCH REPORTS