INTERAÇÕES DISCURSIVAS EM AULAS DE QUÍMICA AO REDOR DE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS: UMA ANÁLISE SOCIOLÓGICA

DISCURSIVE INTERACTIONS IN CHEMSTRY CLASSROOMS RELATED TO EXPERIMENTAL ACTIVITIES: A SOCIOLOGICAL ANALYSIS

Autores/as

  • Bruno Ferreira dos Santos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
  • Karina Novaes dos Santos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
  • Eliana Sardinha da Silva Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21172014160311%20

Palabras clave:

Interações Discursivas; Prática Pedagógica; Atividades Experimentais.

Resumen

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com dois professores de química do ensino médio. Com base na observação e no registro das aulas, analisamos as interações verbais entre professores e alunos em torno da definição das atividades experimentais, utilizando, para isso, uma perspectiva oriunda da sociologia da educação desenvolvida por Basil Bernstein, o que nos permitiu contrastar as situações de ensino originadas em contextos escolares socialmente diferentes. Os resultados obtidos nos indicaram quais práticas pedagógicas se mostraram mais favoráveis à intervenção dos alunos e à produção por estes das tarefas solicitadas. Percebemos que os alunos submetidos à prática cuja professora exerce maior controle sobre a comunicação tiveram menos oportunidade de intervir nas atividades e uma instrução sobre a tarefa mais pobre que aqueles que possuíam maior liberdade nas interações com o professor.

This article presents the results of a research done with two chemistry teachers of secondary schools. Based on observation and on registering classes, we analyzed verbal interactions amongst teachers and students around experimental activities and the tasks that followed them. We used a sociologic perspective from Basil Bernstein to analyze our data, which allowed us to contrast the teaching in two socially different school contexts. The results pointed out those pedagogic practices were most favorable to intervention of students and to production of the requested tasks. We noticed that the students submitted to a practice which teacher has a greatest control over communication had fewer chances to intervene during the activities and also a poorest instruction than students that had a major freedom during interactions with their teacher.

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Citas

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Publicado

2014-11-03

Número

Sección

REPORTES DE INVESTIGACIÓN