Indicadores para balneabilidade em águas doces no Brasil

Autores

  • Frederico Azevedo Lopes Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
  • Eduardo Von Sperling Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
  • Antônio Pereira Magalhaes Jr Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-549X..13390

Palavras-chave:

Balneabilidade, Indicadores, Painel Delphi

Resumo

Apesar de sua reconhecida importância para a sociedade e o contínuo aumento na demanda, o uso recreacional das águas doces no Brasil carece de estudos e programas específicos de monitoramento em grande parte do país. Além disso, a atual metodologia, estabelecida pela Resolução CONAMA 274/2000, está restrita a limitados indicadores. Neste contexto, este trabalho buscou levantar quais parâmetros de qualidade de água, ou outros fatores, que poderiam ser utilizados para aprimorar os atuais processos de avaliação de balneabilidade em águas doces no Brasil, através do desenvolvimento de um painel de especialistas. Os resultados do painel demonstram que a atual metodologia vigente pode ser aperfeiçoada através da inserção de novos parâmetros e critérios, considerando a crescente diversificação das fontes de contaminação de corpos d ́água e garantindo, desta forma, maior segurança aos usuários.

Referências

ALMEIDA, R.A.S.; OLIVEIRA, I.B. Aplicação da metodologia de pesquisa Delphi, via internet, na seleção de parâmetros para elaboração de índices de qualidade de água. In: 24o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Anais... Belo Horizonte/MG. 2007.

AUSTRALIA AND NEW ZEALAND ENVIRONMENT & CONSERVATION COUNCIL, AGRICULTURE AND RESOURCE MANAGEMENT COUNCIL - ANZEEC/ ARMCANZ. Australian and New Zealand Guidelines for Fresh and Marine Water Quality. National Water Quality Management Strategy -ANZECC/ ARMCANZ, Canberra, 2000. 215p.

BROWN, R.M. et al. A water quality index- do we dare? Water & Sewage Works, Chicago, v. 117, n 10, pp 339-343, 1970.

CHORUS, I.; BARTRAM, J. Toxic cyanobacteria in water: a guide to their public health consequences, monitoring and management. London: WHO, 400p, 1999.

C O N S E L H O NACIONAL DE MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução n° 274 de 29 de novembro de 2000. Estabelece condições de balneabilidade das águas brasileiras. Brasília, 2000.

DUFOUR, A. P. Health effects criteria for fresh recreational waters. U.S. Environmental Protection Agency. Cincinnati, OH. EPA 600/1-84-004. 1984.

ESTEVES, F.A. Fundamentos de limnologia. 2a ed. Rio de Janeiro: Interciência,1998. 602p.

EUROPEAN UNION (EU). Directive 2006/7/ec of 15 February 2006: concerning the management of bathing water quality and repealing Directive 76/160/EEC. Official Journal of the European Union, 2006, 15p.

GIOVINAZZO, R. A. Modelo de aplicação da Metodologia Delphi pela internet. Vantagens e Ressalvas. Administração on Line, v.2, n.2.pp.1-12, 2001.

KAYO, E.K.; SECURATO, J.R. Método Delphi: fundamentos, críticas e vieses. Caderno de Pesquisa em Administração, São Paulo, v. 1, n. 4, pp. 51-61, 1997.

HEALTH CANADA - HC. Guidelines for Canadian recreational water quality. 2ed. Ottawa, Ontario.2010, p.100.

INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS-MG. Monitoramento da qualidade das águas superficiais na sub-bacia do rio das Velhas em 2009. Belo Horizonte, 2010.206p.

JARDIM, B. F. M. Variação dos parâmetros físicos e químicos das águas superficiais da Bacia do Rio das Velhas-MG e sua associação com as florações de cianobactérias. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Engenharia, 2011. 113p.

JARDIM, F. A. et al. Cyanobacteria blooms in waters of river intake areas in Minas Gerais, Brazil, during the dry season of 2007 Contingency Plants. In: 9o. Simpósio Ítalo-brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Anais...Florença, Itália. 2008.

LINSTONE, H.A.; TUROFF, M. The Delphi method: techniques and applications. Massachusetts: Adison-Wesley, 620p, 1975.

LOPES, F. W. A; MAGALHÃES Jr, A. P; PEREIRA, J. A. A. Avaliação da qualidade das águas e condições de balneabilidade na bacia do ribeirão de Carrancas- MG. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 13, p. 111-120, 2008.

LOPES, F.W.A.; MAGALHAES JR, A.P. Avaliação da qualidade das águas para recreação de contato primário na bacia do alto Rio das Velhas – MG. Hygeia. v.11, n.6,p.133 – 150, 2010.

LOPES, V.C.; LIBÂNIO, M. Proposição de um índice de estações de tratamento de água (IQETA). Engenharia Sanitária e Ambiental, v.10, n.4, p.318-328, 2005.

MAGALHAES JR, A.P.M.; CORDEIRO NETO, O.M.; NASCIMENTO, N.O. Os indicadores como instrumentos de gestão das águas no atual contexto legal-institucional do Brasil - Resultados de um painel de especialistas. Revista Brasileira de Recursos Hídricos. v. 8, n.4, pp. 49-67, 2003.

NEW ZELAND MINISTRY FOR THE ENVIRONMENT (NZME). Microbiological Water Quality Guidelines for Marine and Freshwater Recreational Areas. Wellington, New Zealand, 2003, 159p.

POND, K. Water recreation and disease. Plausibility of associated infections: acute effects, sequelae and mortality. London: IWA/WHO, 231p, 2005.

PRÜSS, A. Review of epidemiological studies on health effects from exposure to recreational water. Journal of Epidemiology, v.27, p.471-478,1998.

SOUZA, M.E.T.A.; LIBANIO, M. Proposta de índice de Qualidade para Água Bruta afluente a estações convencionais de tratamento. Revista Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. v.14, n.4.pp.471-478, 2009.

VAN ASPEREN, I.A. et al. Risk of otitis externa after swimming in recreational fresh water lakes containing Pseudomonas aeruginosa. BMJ. v.311, p.1407-1410,1995.

VASCONCELOS, F.C.S.; IGANCI, J.R.V.; RIBEIRO, G.A. Qualidade microbiológica da água do Rio São Lourenço, São Lourenço do Sul, Rio Grande do Sul. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.73, n.2, p.177-182, 2006.

VON SPERLING, E. Água para saciar corpo espírito: Balneabilidade e outros usos nobres. In 22o CongressoBrasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Anais....ABES, Joinvile, 2003.

Downloads

Publicado

2015-12-06

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Indicadores para balneabilidade em águas doces no Brasil. (2015). Revista Geografias, 11(1), 6-22. https://doi.org/10.35699/2237-549X..13390

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)