Migrações internas no Brasil

(des)continuidades regionais à luz do Censo Demográfico 2010

Autores

  • José Irineu Rangel Rigotti Doutor em Demografia pelo CEDEPLAR / UFMG e professor do CEDEPLAR / UFMG
  • Járvis Campos Doutor em Demografia pelo CEDEPLAR / UFMG e consultor sênior da empresa Amplo Engenharia
  • Renato Moreira Hadad Doutor em Ciências da Computação e professor da PUC-MINAS

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-549X..13444

Palavras-chave:

Migrações internas, Fluxos migratórios, Transição demográfica, Distribuição espacial da população.

Resumo

No Brasil, as transformações mais recentes na dinâmica migratória refletem os momentos da transição demográfica brasileira, de baixo crescimento e envelhecimento populacional. A partir do processo de industrialização e urbanização acelerada dos anos 1950 até o final do século XX, tornou-se regra observar o aumento contínuo do volume de migrantes intermunicipais a cada recenseamento. Nesse contexto, a primeira etapa do trabalho foi estimar as probabilidades de emigração por idade simples, com o objetivo de analisar essa tendência, a partir dos microdados do Censo Demográfico 2010. Os primeiros resultados mostram a reversão dessa tendência, sendo que a estrutura etária ainda favorecesse o aumento das migrações, uma vez que a proporção de jovens adultos no Brasil ainda crescia. Numa segunda etapa, mapeamos os principais fluxos migratórios, por prevalência de idade, ocorridos no final do século passado e os comparamos com as informações mais recentes disponíveis no Censo 2010, com o objetivo de compreender como o processo migratório teve efeitos sobre a redistribuição espacial da população brasileira. Foi possível constatar que a RMSP tem funcionado como o maior “hub” de redistribuição espacial da população, enquanto o interior de São Paulo configura-se como a região mais imediata da direção leste-oeste dos fluxos populacionais brasileiros.

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Publicado

2017-10-17

Como Citar

Rigotti, J. I. R., Campos, J., & Hadad, R. M. (2017). Migrações internas no Brasil: (des)continuidades regionais à luz do Censo Demográfico 2010. Revista Geografias, 8–24. https://doi.org/10.35699/2237-549X.13444

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