Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011), mestrado em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança pela Universidade Federal Fluminense (2015) e doutorado em Relações Internacionais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2019). É pesquisadora do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (GEDES) da UNESP. Atualmente, é pós doutoranda do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais (IPPRI - UNESP), bolsista CAPES. Pesquisa principalmente nos seguintes temas: forças armadas, defesa, segurança internacional, educação militar, educação para a paz, direitos humanos, protestos sociais, América Latina, guerra e paz.
Universidade Estadual Paulista (UNESP), São Paulo, Brasil
Possui graduação em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - FCAV/Unesp (2006). É doutora pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia - FCT/Unesp e membro do CEGeT, Centro de Estudos em Geografia e Trabalho. É pós- doutoranda do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Territorial para América Latina e Caribe (TerritoriAL/UNESP), atuando principalmente com as temáticas ligadas à políticas públicas, aos movimentos sociais e às relações de trabalho.
O objetivo deste artigo é promover o diálogo acerca das lutas sociais e das reações do estado, especialmente no caso brasileiro, utilizando de reflexões que partem da sociologia e da geografia, no entendimento de que o conflito social é gerado pela desigualdade e portanto, é uma importante categoria de análise para entender os protestos sociais, as formas como eles ocorrem e como o Estado os enfrenta. Para tanto, dividimos o artigo em duas partes, além da introdução e das considerações finais. A primeira, entende as lutas sociais como parte do processo democrático, e explora as suas múltiplas dimensões enquanto práticas sociais, a saber: comunicação; pluralismo de demandas; insatisfação com o sistema político; diversidade de táticas e de formas organizativas; existência de um horizonte possível; formação de redes; predomínio do ambiente urbano. A segunda parte do artigo, explora o olhar criminalizador sobre as lutas sociais, caracterizadas como perturbações da ordem. Analisa a origem dessa leitura, no contexto da crise da segurança pública e da histórica militarização do Estado brasileiro. Por fim, entendemos que avança no Brasil um processo de militarização do Estado, não só pela ocupação por parte de militares em cargos estratégicos do governo, mas fundamentalmente, pela ação repressora e a presença de um ideário criminalizador das lutas sociais.
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