Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 6 n. 1 (2020): Revista Indisciplinar

A Grande Máquina e a máquina poética: Cristiano, o narrador

DOI
https://doi.org/10.35699/2525-3263.2020.26333
Enviado
novembro 18, 2020
Publicado
2020-10-23 — Atualizado em 2020-10-23

Resumo

Este ensaio buscar fazer uma leitura comparada entre a poesia de Carlos Drummond de Andrade sobre a maquinação do mundo (cf. Wisnik, 2018) — pensando sua contemporaneidade (cf. Agamben, 2009; Tsvetáieva, 2018) — com o filme Arábia, de Affonso Uchoa e João Dumans, analisando a resistência subjetiva do personagem Cristiano frente à Grande Máquina do capitalismo através de seu gesto de escrita, de sua máquina poética. Em seguida, refletiremos se Cristiano seria um narrador benjaminiano (cf. Benjamin, 1985), que, com seu diário, testemunha (cf. Seligman-Silva) e transmite suas experiências (pessoais e coletivas) ao personagem André e aos espectadores do filme, como uma forma de sobreviver na máquina contemporânea (cf. Didi-Huberman, 2011).

Referências

  1. ANDRADE, Carlos Drummond de. Nova reunião: 23 livros de poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
  2. ANDRADE, Carlos Drummond de. Passeios na ilha. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
  3. AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo. Chapecó: Argos, 2009.
  4. AGAMBEN, Giorgio. Infância e história: Destruição da experiência e origem da história. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.
  5. BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte a política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1985.
  6. BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1989.
  7. CANDIDO, Antonio. Vários escritos. São Paulo, Duas Cidades, 1995.
  8. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Kafka: Para uma literatura menor. Lisboa: Assírio & Alvim, 2002.
  9. DIDI-HUBERMAN, Georges. A sobrevivência dos vaga-lumes. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2011.
  10. KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
  11. LABANCA, Maraíza. “Epifania da escrita de James Joyce a Nuno Ramos.” In.: Maxwell Vrac Puc Rio, 2018.
  12. GAGNEBEIN, Jeanne-Marie. Lembrar, escrever, esquecer. São Paulo: Ed. 34, 2006.
  13. GUIMARÃES, César. “Desolação capitalista e resistência subjetiva em Arábia”. In.: Catálogo do Forumdoc.bh.2017. 2017.
  14. OLIVEIRA, Eduardo Jorge de. “Da Máquina do Mundo à Máquina Zero”. In.: Poesia contemporânea: reconfigurações do sensível. Belo Horizonte: Quixote + Do, 2018.
  15. OLIVEIRA, Eduardo Jorge de; JABRES, Elia. “Máquinas celibatárias e máquinas desejantes.” In.: As máquinas celibatárias.
  16. CARROGUES, Michel. São Paulo: n-1; Belo Horizonte: Relicário, 2019.
  17. PAZ, Octavio. Os filhos do barro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
  18. PENNA, João Camilo. O nu de Clarice. In: Revista Alea, volume 12, número 1, janeiro-junho, p. 68-96, 2010.
  19. SELIGMAN-SILVA, Marcio. “Narrar o trauma: a questão dos testemunhos de catástrofes históricas.” In.: Psic. Clin., Rio de Janeiro, vol. 20, N. 1, p. 65-82, 2008.
  20. TSETÁIEVA, Marina. O poeta e o tempo. Belo Horizonte: Edições Quem Mandou?, 2018.
  21. WISNIK, José Miguel. Maquinação do mundo: Drummond e a mineração. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

Downloads

Não há dados estatísticos.