JEAN-PAUL SARTRE E O TEATRO DE SITUAÇÕES
Palavras-chave:
Sartre, Teatro, Situação, LiberdadeResumo
Este artigo analisa aspectos do teatro de situações tal como Jean-Paul Sartre o apresenta. Diferenciamos a dramaturgia de Sartre do teatro de situações, pois a análise de suas peças exige o exame caso a caso, ao passo que a estética do teatro alcança outros autores e períodos históricos. Para examinar a sua teoria estética se faz necessário ampliar as fontes bibliográficas, analisando as considerações sobre o teatro ao longo de sua obra. Recorremos à coletânea “Um teatro de situações” (organizada por Michel Contat), que faz esse trabalho de reunião temática. A teoria estética de Sartre não pode ser apartada dos conceitos filosóficos, e deve ser vista de forma integrada, sob o risco de dano epistemológico. O teatro deve ser visto a partir do projeto filosófico sartriano e sua contribuição ao existencialismo. É uma forma de engajamento e, assim como outras formas de expressão (literatura, filosofia e crítica literária), manifesta-se como porta-voz da liberdade. A fim de considerar a teoria estética de Sartre sobre o teatro, outros conceitos são necessários, provenientes de “O ser e o nada” (conceito de negatividade), “O idiota da família” (conceito de universal-singular), “O que é a literatura?” (conceito de apelo) e “O imaginário” (conceito de analogon). O final do texto analisa a figura do ator. O teatro exige a identificação do espectador com os personagens. Assim como o ator, caracterizado pelo fenômeno de negação de si e identificação com o outro, o espectador vê-se confrontado com a negatividade da condição humana.
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