Entre reflexões e apropriações

a difusão da psicanálise para além do meio médico psiquiátrico carioca (décadas de 1910 e 1920)

Autores

  • Rafael Dias de Castro Universidade do Estado de Minas Gerais

Palavras-chave:

história da psicanálise, Rio de Janeiro, Jornais

Resumo

Este artigo visa mostrar como a teoria psicanalítica circulou fora do ambiente médico psiquiátrico carioca antes de sua institucionalização no campo científico (como os da educação e o campo psiquiátrico) na década de 1920: através de médicos e intelectuais no Rio de Janeiro e em São Paulo, que se referem à teoria de Freud a partir de diferentes pontos de vista e opiniões; no ambiente leigo, em jornais de grande circulação (onde médicos clínicos receitavam a psicanálise junto a diversos outros tratamentos), como também reportagens jornalísticas que davam seus juízos sobre a teoria freudiana, proporcionando a um público variado o conhecimento acerca de tal saber.

 

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Biografia do Autor

Rafael Dias de Castro, Universidade do Estado de Minas Gerais

doutor em História das Ciências e da Saúde pela Casa de Oswaldo Cruz (COC / Fiocruz). Atua como professor na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG – Unidade Carangola).

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Publicado

2017-07-24

Como Citar

Castro, R. D. de. (2017). Entre reflexões e apropriações: a difusão da psicanálise para além do meio médico psiquiátrico carioca (décadas de 1910 e 1920). Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 30, 63–81. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6490

Edição

Seção

Artigos