Golpe civil-militar

a psicologia e o movimento estudantil do Rio Grande do Sul

Autores

  • Pâmela de Freitas Machado Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Helena B. K. Scarparo Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

movimento estudantil, história da psicologia, ditadura

Resumo

O texto trata do movimento estudantil da Psicologia no Rio Grande do Sul e busca compreender motivos e processos de ativismo político empregados durante o período de ditadura no Brasil, de1964 a1985. Para tanto, procurou registrar as ações coletivas empreendidas, que, apesar da repressão política, protagonizaram ações de resistência. Os procedimentos metodológicos consistiram na associação do exame de imagens, de entrevistas e de documentos escritos relacionados ao acervo do Diretório Acadêmico do Instituto de Psicologia da PUCRS.  A análise dos registros desta trajetória revelou associações entre as práticas psicológicas e as ações políticas e incita discussões acerca das especificidades das relações sociais naquele momento histórico.  Além disto, constatou-se que estudantes envolvidos nesse processo foram, mais tarde, protagonistas de outros movimentos que levaram a mudanças sociais significativas.

 

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Biografia do Autor

Pâmela de Freitas Machado, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

bolsista de iniciação científica CNPq, acadêmica do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Helena B. K. Scarparo, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

docente e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

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Publicado

2010-10-26

Como Citar

Machado, P. de F., & Scarparo, H. B. K. (2010). Golpe civil-militar: a psicologia e o movimento estudantil do Rio Grande do Sul. Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 19, 225–238. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6583

Edição

Seção

Artigos