A formação em psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais e o processo de reforma psiquiátrica em Minas Gerais nas décadas de 1960, 70 e 80

Autores

  • Izabel C. Friche Passos Universidade Federal de Minas Gerais
  • Maria Stella Brandão Goulart Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Fernanda Moura Braga Universidade Federal de Minas Gerais
  • Marcela Alves Abreu Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Eduardo Mourão Vasconcelos Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

reforma psiquiátrica, universidade, cultura profissional

Resumo

Este trabalho é parte dos resultados de pesquisa mais ampla intitulada “As instituições universitárias e a construção da reforma psiquiátrica em Minas Gerais anos 60, 70 e 80”, Investiga-se a formação universitária oferecida no curso de Psicologia da Universidade Federal de Belo Horizonte. O objetivo principal é identificar e avaliar a participação das variáveis de cultura formal em processos de mudança social, investigando as relações das principais instituições de credenciamento profissional de nível superior em psicologia e psiquiatria com o processo de reforma psiquiátrica em Minas Gerais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Izabel C. Friche Passos, Universidade Federal de Minas Gerais

doutora em psicologia pela PUCSP, professora do Departamento e do Programa de PósGraduação
em Psicologia (Mestrado e Doutorado) da UFMG, e coordenadora do Laboratório de Grupos, Instituições e Redes Sociais/Projeto Prisma.

Maria Stella Brandão Goulart, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

doutora em Ciências Humanas pelo DCP/UFMG,
professora de psicologia social da PUCMinas,
coordenadora do Laboratório de Psicologia
e Direitos Humanos, e coordenadora dessa pesquisa.

Fernanda Moura Braga, Universidade Federal de Minas Gerais

aluna do curso de graduação em psicologia e foi bolsista
PIBIC/UFMG.

Marcela Alves Abreu, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

estudante do curso de graduação em psicologia da PUCMinas,
sendo bolsista de iniciação científica PUC Minas/FAPEMIG.

Eduardo Mourão Vasconcelos, Universidade Federal do Rio de Janeiro

psicólogo, analista institucional e cientista político, pósdoutor
na área de Ciências Sociais Aplicadas, professor adjunto da Escola de Serviço Social da UFRJ, e é o consultor da pesquisa.

Referências

Almeida, M. R. D. G. (2004). Des­razões de grupos operando em uma instituição psiquiátrica. Em E. M. Bomfim (Org.),AnaisdoIencontromineirodepsicologiasocial de 1985 (pp. 43­49).São João Del Rei: UFSJ.

Amarante, P. D. (Org.). (1995).Loucos pela vida. Rio de Janeiro: Panorama.

Amarante, P. D. (1996).Ohomeme aserpente: outrashistóriasparaaloucuraeapsiquiatria. Rio de Janeiro: Fiocruz.

Baremblitt, G. (1994). Compêndiodeanálise institucionaleoutrascorrentes: teoriae prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos.

Barreto, F. P. (1999).Reformapsiquiátricaemovimentolacaniano.Belo Horizonte: Itatiaia.

Birman, J. & Costa, J. F. (1994). Organização de instituições para uma psiquiatria comunitária. Em P. Amarante (Org.),Psiquiatriasocialereformapsiquiátrica(pp. 41­72). Rio de Janeiro: Fiocruz.

Bock, A. M. B. (1995).A escolha profissional em questão. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Bock, A. M. B.; Gonçalves, M.G.M.; Furtado, O. (Org.). (2001). Psicologia sócio­histórica: umaperspectiva crítica em psicologia. 1a ed. São Paulo: Cortez Editora.

Castoriadis, C. (1992).Omundo fragmentado: asencruzilhadasdolabirintoIII(R. M. Boaventura, Trad.) Rio de Janeiro: Paz e Terra. (Original publicado em 1990).

Desviat, M. (1999).Areformapsiquiátrica(J. Souza & M. Werneck, Trads.). Rio de Janeiro: Fiocruz. (Original publicado em 1994).

Ferrari, I. F. (2004). Os cursos de Psicologia de Minas Gerais e a presença da psicanálise na disciplina psicopatologia.Mal­estar e subjetividade. 4(2), 372–391.

Ferreira, M. M. & Figueiredo, J.P. A. B. (Orgs.). (2005).Usose abusosdehistóriaoral. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getulio Vargas.

Fleury, S. (1995).ProjetoMontes Claros: autopia revisitada. Rio de Janeiro: ABRASCO.

Garcia, C. (1992). Supervisão em termos de análise institucional.Odardo.2, 7. (Publicação da Residência de Psiquiatria do Hospital Raul Soares)

Giusta, A. S.; Machado, M. M. & Campos, R. H. F. (1986). Notas sobre “a formação do psicólogo na Universidade Federal de Minas Gerais”.Cadernosdepsicologia,3(1), 77­100.

Goulart, M. S. B. (1992).O ambulatório desaúde mental em questão: desafios do novo e reproduçãodevelhasfórmulas.

Dissertação de mestrado não­publicada, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG. Goulart, M. S. B. (2004).Deprofissionaisamilitantes: alutaantimanicomialdospsiquiatrasitalianosnosanos60e70.Tese de doutorado não­ publicada, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG.

Goulart, M. S. B. (2006). A construção da mudança nas instituições sociais: a reforma psiquiátrica.Pesquisase práticaspsicossociais,1(1), 1­19.

Goulart, M. S. B. (2007).Asraízesitalianasdalutaantimanicomial. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Goulart, M. S. B.; Passos, I. F.; Vasconcelos, E. M.; Silva, A. P. S.; Cunha, C. N.; Silva, E. R.; Abreu, M. A.; Santos, N. A. & Braga, F. M. (2007).Asinstituiçõesuniversitáriaseaconstruçãodareformapsiquiátricamineiranasdécadasde60, 70e80.Relatório final de pesquisa. Belo Horizonte: PUC Minas/Universidade Federal de Minas Gerais/Fapemig.

Jepperson, R. L. (1991). Institutions, institutional effects, and institutionalism. Em W. W. Powell & P. J. Di Maggio,The new institutionalisminorganizationalanalysis.Chicago: The University of Chicago Press.

Lapassade, G. (1983).Grupos,organizaçõese instituições(H. A. A. Mesquita, trad.). Rio de Janeiro: F. Alves. (Original publicado em 1975)

Lobosque, A. M., & Abou­Yd, M. (1988). A cidade e a loucura: entrelaces. Em A. T. Reis e outros (Orgs.),SistemaúnicodesaúdeemBeloHorizonte: reescrevendoopúblico.São Paulo: Xamã.

Lourau, R. (1974).Aanálise institucional(M. Ferreira, trad.). Petrópolis: Vozes. (Original publicado em 1970)

Machado, M. N. M. (2001). Práticas pedagógicas da psicossociologia nos anos 60 e 70. Em A.M. Jacó­Vilela; A. C. Cerezzo & H. B. C. Rodrigues (Orgs.), Clio­psyché hoje:fazerese dizerespsinahistóriadoBrasil(pp.35­40). Rio de Janeiro: Relume­ Dumará.

Machado, M. N. M. (2004a). Transversos do social e alquimias da prática em Psicossociologia. Em E. M. Bomfim (Org.),Anaisdo IEncontroMineirode Psicologia Social de 1985 (pp. 51­58). São João Del Rei: UFSJ.

Machado, M. N. M. (2004b). O setor. Em E. M. Bomfim; I. C. F. Passos; C. J. Stralen & M. V. Silva (Orgs.),Psicologiasocial: memórias, saúdeetrabalho(pp.32­48). São João del Rei: UFSJ.

Nicácio, F. (Org.). (1990). Desinstitucionalização. São Paulo: Hucitec.

Paim, J. S. (1986). Ações integradas de saúde (AIS): por que não dois passos atrás.Cadernos de saúde pública, 2(2), 167­183.

Passos, I. C. F. (2000).Políticase práticasem saúdemental: experiênciase“modelos” em discussão.Tese de doutorado não­publicada, Programa de Pós­Graduação em Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

Passos, I. C. F. (2003). Cartografia da publicação brasileira em saúde mental: 1980 – 1996. Psicologia: teoria e pesquisa, 19(3), 231­240.

Paulin, L. F. & Turato, E. R. (2004). Antecedentes da reforma psiquiátrica no Brasil: as contradições dos anos 1970.História, ciências, saúde: Manguinhos,11(2), 241­ 258.

Rodrigues, H. B. C. (2006). “Sejamos realistas, tentemos o impossível” Desencaminhando a psicologia através da análise institucional. Em A. M. Jacó­ Vilela; A. A. L. Ferreira & F. T. Portugal (Orgs.),Históriadapsicologia: rumose percursos. Rio de Janeiro: Nau editora.

Rodrigues, H. B. C.; Cunha, A. A. G.; Oliveira, C. M. & Barboza, D. M. S. (2008). Letras e vozes sobre o Instituto Brasileiro de Psicanálise, grupos e instituições – Ibrapsi: uma experiência singular de formação de agentes "psi" no Rio de Janeiro. Em R. H. F Campos & R. C. Vieira (Orgs.),InstituiçõesempsicologianoBrasil. Rio de Janeiro: Nau editora.

Santos, B. S. (2003).PelamãodeAlice: osocialeopolíticonapós­modernidade. São Paulo: Cortez.

Santiago, J.; Mendonça Filho, J. B.; Alkmim, W. D.; Dias, R. A. M.; Mendonça, V. M. M. & Rodrigues, J. B. N. R. (1998).AsaúdementalnomunicípiodeBeloHorizonte: práticaemsaúdementalnoscentrosdesaúde(1995­1998).

Relatório de Pesquisa, Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Belo Horizonte. Universidade Federal de Minas Gerais. (1981).ProjetoGuimarãesRosa: relatóriodasatividades do último trimestre de 1981 (Junho, julho e agosto). Belo Horizonte.

Vasconcelos, E. M. (1992). Dohospício à comunidade. Belo Horizonte: Segrac.

Vasconcelos, E. M. (1995). Avaliação de serviços no contexto da desinstitucionalização psiquiátrica: Revisão de metodologias e estratégias de pesquisa.Jornalbrasileirode psiquiatria, 44(4), 189­197.

Vasconcelos, E. M. (2000).Saúdementale serviçosocial: odesafiodasubjetividadee interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez.

Vasconcelos, E. M. (2003).Opoderque brotadadoredaopressão: empowerment, suahistória, teorias e estratégias. São Paulo: Paulus.

Vasconcelos, E. (2004). Mundos paralelos, até quando? Os psicólogos e o campo da saúde mental pública no Brasil nas duas últimas décadas.Mnemosine,1. Retirado em 18/06/2007, da World Wide Web: http://www.cliopsyche.cjb.net/mnemo/index.php/mnemo/search/authors/view?fir stName=Eduardo%20Mour%C3%A3o&middleName=&lastName=Vasconcelos&affi liation

Downloads

Publicado

2009-10-06

Como Citar

Passos, I. C. F., Goulart, M. S. B., Braga, F. M., Abreu, M. A., & Vasconcelos, E. M. (2009). A formação em psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais e o processo de reforma psiquiátrica em Minas Gerais nas décadas de 1960, 70 e 80. Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 17, 149–168. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6671

Edição

Seção

Artigos