Construtivismo

a história de uma palavra como produção crítica do conhecimento e das estratégias educacionais

Autores

  • Solange Jobim e Souza Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

formação do professor, teorias da linguagem, construtivismo

Resumo

Este artigo é um ensaio teórico que analisa a palavra “construtivismo” no contexto da teoria epistemológica de Jean Piaget. Além disto, discute o modo como os educadores do ensino básico compreendem e utilizam este conceito, especialmente a partir da década de 1970. As teorias da linguagem de Mikhail Bakhtin e Walter Benjamin foram utilizadas como referências para a análise do sentido da palavra “construtivismo” no contexto das práticas discursivas dos professores do ensino básico. O uso meramente instrumental da linguagem e a preocupação exclusiva com métodos e técnicas de ensinoaprendizagem, nos cursos de formação de professores, são abordagens consideradas inadequadas para dar conta da complexidade do ato educativo, merecendo uma avaliação crítica dos profissionais da área.

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Biografia do Autor

Solange Jobim e Souza, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Doutora em Educação. Professora Associada do Departamento de Psicologia da PUCRio. Professora Adjunta da Faculdade de Educação da UERJ. Professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica da PUCRio. Coordenadora do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa da Subjetividade do Departamento de Psicologia, PUCRio. Pesquisadora do CNPq.

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Publicado

2008-10-12

Como Citar

Jobim e Souza, S. (2008). Construtivismo: a história de uma palavra como produção crítica do conhecimento e das estratégias educacionais. Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 15, 61–69. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6684

Edição

Seção

Artigos