Focalização

um recurso para a simbolização da experienciação a partir do corpo

Autores

  • Rafaella Medeiros de Mattos Brito Universidade Federal do Ceará
  • Idilva Maria Pires Germano Universidade Federal do Ceará

Palavras-chave:

experienciação, focalização, Gendlin, Psicoterapia

Resumo

Este artigo aborda o processo de simbolização da experienciação, tal como proposto por Eugene Gendlin, filósofo, autor da Teoria Experiencial, que tendo trabalhado com Carl Rogers por onze anos, desenvolveu a Focalização como técnica capaz de auxiliar a simbolização congruente do fluxo de experiências. Trata-se, aqui, de uma pesquisa teórica, que se deu através de revisão bibliográfica, partindo de três das principais obras do autor referência. Apresentaremos a Focalização como recurso terapêutico, em seguida, definiremos o que Gendlin entende por experienciação e sua relação com o processo de simbolização, para enfim, concebermos como a simbolização da experienciação se dá na psicoterapia, em dois principais modos: a conceituação, através de símbolos verbais; e a referência direta, através da atenção dirigida a uma sensação. Em conclusão, apontamos a referência direta como possibilidade utilizada por abordagens que trabalham a simbolização da experienciação por outras vias, que não a fala.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rafaella Medeiros de Mattos Brito, Universidade Federal do Ceará

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará, Fortaleza/CE - Brasil.

Idilva Maria Pires Germano, Universidade Federal do Ceará

Psicóloga, doutora em Sociologia e professora associada do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza/CE - Brasil. 

Referências

Barceló, T. (2007). Carl R. Rogers y Eugene T. Gendlin: la relación que configuró un nuevo paradigma. Em C. Alemany (Org.). Manual práctico del focusing de Gendlin (2a ed.; pp. 79-128). Bilbao, Espanha: Desclée de Brouwer.

Cobos, A. G. (2007). William James, Focusing y Gestalt: tres formas coincidentes de plantear el experienciar. Em C. Alemany (Org.). Manual práctico del focusing de Gendlin (2a ed.; pp. 129-165). Bilbao, Espanha: Desclée de Brouwer.

Garaudy, R. (1980). Dançar a vida (4a ed.). (G. Mariani & A. G. Filho, Trad.s). Rio de Janeiro: Nova Fronteira. (Original publicado em 1973).

Gendlin, E. (1959). The concept of congruence reformulated in terms of experiencing. Counseling Center Discussion Papers, 5(12), 1-30. Recuperado em 22 de novembro, 2016, de www.focusing.org/gendlin/docs/gol_2077.html

Gendlin, E. (1961). Experiencing: a variable in the process of therapeutic change. American Journal of Psychotherapy, 15, 233-245. Recuperado em 22 de novembro, 2016, de www.focusing.org/gendlin/docs/gol_2082.html

Gendlin, E. (1965). Expressive meanings. Em J. M. Edie (Org.). An invitation to phenomenology: studies in the philosophy of experience (pp. 240-251). Chicago: Quadrangle Books. Recuperado em 22 de novembro, 2016, de www.focusing.org/gendlin/docs/gol_2096.html

Gendlin, E. (1973). Experiential psychotherapy. Em R. Corsini (Org.).Current psychotherapies(pp. 317-352). Itasca, Estados Unidos: Peacock. Recuperado em 22 de novembro, 2016, de www.focusing.org/gendlin/docs/gol_2029.html

Gendlin, E. (1997). Experiencing and the creation of meaning: a philosophical and psychological approach to the subjective. Evanston, Estados Unidos: Northwestern University. (Original publicado em 1962).

Gendlin, E. (1999). El focusing en psicoterapia: manuel del método experiencial(J. R. Ortega, Trad.). Barcelona: Paidós. (Original publicado em 1996).

Gendlin, E. (2007). Focusing (2a ed.). New York: Bantam Books. (Original publicado em 1978).

Messias, J. C. C. & Cury, V. E. (2006). Psicoterapia centrada na pessoa e o impacto do conceito de experienciação. Psicologia: Reflexão e Crítica, 19(3), 355-361. Recuperado em 22 de novembro, 2016, de www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722006000300003&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

Mohanty, J. N. (1997). Experience and meaning. Em D. M. Levin (Org.). Language beyond postmodernism: saying and thinking in gendlin’s philosophy(pp. 176-189). Evanston, Estados Unidos: Northwestern University.

Moreira, V. (2010). Revisitando as fases da abordagem centrada na pessoa. Estudos de Psicologia, 27(4), 537-544. Recuperado em 22 de novembro, 2016, de http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v27n4/11.pdf

Moreno López, S. (2009). Descubriendo mi sabiduría corporal, focusing. México: Orgánica Diseño.

Rogers, C. R. (1959). A theory of therapy, personality, and interpersonal relationships as developed in client-centered framework. Em S. Koch (Org.). Psychology: a studyof a science (vol. 3, pp. 184-256). New York: McGraw-Hill.

Rogers, C. R. (2009). Tornar-se pessoa (6a ed.). (M. J. C. Ferreira & A. Lamparelli, Trad.s). São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1961).

Downloads

Publicado

2018-06-20

Como Citar

Brito, R. M. de M., & Germano, I. M. P. (2018). Focalização: um recurso para a simbolização da experienciação a partir do corpo. Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 34, 171–191. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6865

Edição

Seção

Artigos