Na pista das origens do método clínico
seguindo Piaget de Neuchâtel a Paris
DOI:
https://doi.org/10.35699/1676-1669.2020.15830Parole chiave:
história da psicologia - século XX, Piaget, Jean William Fritz, 1896-1980, provas piagetianasAbstract
O método clínico piagetiano apresentou-se como uma nova forma de conduzir pesquisas experimentais com crianças no estudo da inteligência. Para investigar suas origens, conduziu-se um resgate histórico desde a adolescência de Piaget, passando pelos seus dias em Zurique até sua temporada na Salpêtrière, visando a resgatar as múltiplas condições de produção do método piagetiano, confrontando os dados biográficos, bibliográficos, autobiográficos e fontes primárias. Ao fim, é proposto um modelo de entendimento de como este autor produziu sua metodologia, fundamentado em três hipóteses que se complementam, a saber, o contato com o teste de Burt, a metodologia piagetiana de pesquisa em malacologia e o método psiquiátrico francês. Conclui-se que o método não é tributário efetivamente de nenhum modelo isoladamente, mas se constitui na assimilação de ideias e acomodações da prática, o que aproxima a origem do método à Teoria da Equilibração, colocando o método clínico como uma espécie de autobiografia intelectual.
Downloads
Riferimenti bibliografici
Amann-Gainotti, M. & Ducret, J. J. (1991). Jean Piaget et la psychanalyse: les étapes d’une réflexion. Neuropsychiatrie de l’Enfance, 39(2-3), 83-90.
Bergin, D. A. & Cizek, G. J. (2002). Alfred Binet 1857-1911. Em D. E. Cooper, J. A. P. Cooper & L. Bresler. Fifty major thinkers on education: From Confucius to Dewey (pp.175-179). Londres: Routledge.
Binet, A. (1903). L'étude expérimentale de l'intelligence. Paris: A. Costes.
Binet, A. & Simon, T. (1907). Le développement de l'intelligence chez les enfants. L’Année Psychologique, 14, 1-94. Recuperado em 15 de abril de 2018, de http://www.persee.fr/doc/psy_0003-5033_1907_num_14_1_3737
Burt, C. (1919). The development of reasoning in school children. J. Exp. Pedag., 5(36), 8-71.
Buscaglia, M. (1985). La Biologie de Jean Piaget: (1896-1980) – Cohérence et Marginalité. Synthèse, 65, 99-120.
Carroy, J. (2013). Alfred Binet visto desde Francia em la primera mitad del siglo XX. Revista de Historia de la Psicología, 34(1), 25-38.
Castorina, J. A. & Baquero, R. (2009). Dialética e psicologia do desenvolvimento: o pensamento de Piaget e Vygotsky. Porto Alegre: Artmed.
Castro, A. C., Castro, A. G., Josephson, S. C. & Jacó-Vilela, A. M. (2013). Medir, classificar e diferenciar. Em A. M. Jacó-Vilela, A. A. L. Ferreira & F. T. Portugal. História da psicologia: rumos e percursos (3ª ed. rev e ampl) (pp. 301-326). Rio de Janeiro: Nau.
Chartier, P. (2018). Qu’est-ce qu’um outil de mesure standardisé (tests et questionnaires)? Éléments de psychométrie. Em P. Chartier. L’évaluation en psychologie: tests et questionnaires. Paris: Éditions in Press.
Delval, J. (2002). Introdução à prática do método clínico: descobrindo o pensamento das crianças. Porto Alegre: Artmed.
Ducret, J. J. (1990). Jean Piaget: Biographie et parcours intellectuel. Paris: Delachaux & Niestlé.
Ducret, J. J. (2010). Jean Piaget : un parcours à travers l’oeuvre. Em A. Gainotti, J. J. Ducret. Jean Piaget : psicologo epistemologo svizzero all’avanguardia (pp. 23-41). Roma: Atti delle Giornate di Studio Istituto Svizzero di Roma.
Elefant-Yanni, V. R. (1998). Les bases biologiques de la pensée de Piaget. Dissertação de Mestrado, Faculté de Psychologie et des Sciences de l'Éducation, Université de Genève, Genebra.
Garcia, R. (2002). O conhecimento em construção: das formulações de Jean Piaget à teoria de sistemas complexos. Porto Alegre: Artes Médicas.
Harris, P. (1997). Piaget in Paris: from ‘autistic’ to logic. Human development, 40, 109-123.
Kesselring, T. (1993). Jean Piaget. Petrópolis: Vozes.
Latour, B. (2008). Como falar do corpo? A dimensão normativa dos estudos sobre a ciência. Em J. Nunes & R. Roque (Orgs). Objectos impuros: experiências em estudos sobre a ciência (pp. 40-61). Porto: Afrontamento.
Mays, W. (1984). Piaget and Freud: Two Approaches to the Unconscious. Em K. K. Cho (Ed.). Philosophy and Science in Phenomenological Perspective (pp. 123—141). Dordrecht: Kluwer Academic Publishers.
Ouvrier-Bonnaz, R. (2011). Le laboratoire de pédagogie expérimentale de la Grange-aux-Belless. Recherches & Éducations [en ligne], 5, 131-147. Recuperado em 19 de janeiro, 2018, de http://rechercheseducations.revues.org/827
Parrat-Dayan, S. (2008). O texto e suas vozes: Piaget lido por seus pares no meio psicológico dos anos 1920-1930. Schème: revista eletrônica de psicologia e epistemologia genéticas, 1(1), 153-184. (Originalmente publicado em 1993). Recuperado em 1 de abril, 2017, de http://www.marilia.unesp.br/Home/RevistasEletronicas/Scheme/Vol01Num01-Traducao.pdf
Piaget, J. (1918). Recherche. Lausanne: La Concorde.
Piaget, J. (1921). Essai sur quelques aspects du développement de la notion de partie chez l’enfant. Journal de psychologie normale et pathologique, 18(6), 449-480.
Piaget, J. (1923). La pensée symbolique et la pensée de l'enfant. Archives de psychologie, 18(72), 273-304.
Piaget, J. (1989). A linguagem e o pensamento da criança (M. Campos, Trad.). (5ª ed.). São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1923).
Piaget, J. (2005). A representação do mundo na criança: com o concurso de onze colaboradores (A. U. Sobral, Trad.). Aparecida, SP: Ideias & Letras. (Original publicado em 1926).
Piaget, J. (1973). Biologia e conhecimento: ensaio sobre as relações entre as regulações orgânicas e os processos cognoscitivos (F. M. Guimarães, Trad.). Petrópolis: Vozes. (Original publicado em 1967).
Piaget, J. (1980) Jean Piaget, uma autobiografia. Em R, Evans. Jean Piaget: o homem e suas ideias (pp. 123-184) (A. Oiticica, Trad.). Rio de Janeiro: Forense-Universitária. (Original publicado em 1976).
Piaget, J. & Garcia, R. (1987). Psicogênese e história das ciências (G. Untti, Trad.). Lisboa: Dom Quixote. (Original publicado em 1983).
Piaget, J. & Rosselò, P. (1922). Note sur les types de description d'images chez l'enfant. Journal de Psychologie, 18, 208—234.
Poirier, J., Clarac, F., Barbara, J. G. & Brousselle, E. (2012). Figures and institutions of neurological sciences in Paris from 1800 to 1950. Part IV: psychiatry and psychology. Revue Neurologique, 168, 389-402.
Ratcliff, M. J. (2018). Atalho analógico e reconstrução micro-histórica: as origens do laboratório de psicologia experimental de Genebra em 1892. Mnemosine, 14(1), 246-273.
Ratcliff, M. J. & Burman, J. T. (2015). Du geste archivistique à le geste de l’historien: comment une politique d’archivage proxémique permet de rassember une inédit disséminé. Em J. F. Bert, M. J. Ratcliff. Frontière d’archives: recherches, mémoires, savoirs (pp. 131-145). Paris: Éditions des Archives Contemporaines.
Ratcliff, M. J. & Morelli, A. E. (no prelo). De la clinique à la méthode: le normal et le pathologique chez Jean Piaget (1920-1927).
Ribaupierre, A. & Pascual-Leone, J. (1984). Pour une intégration des méthodes en psychologie: approches expérimentale, psycho-génétique et différentielle. L'Année Psychologique, 84(2), 227-250. Recuperado em 01 de agosto, 2019, de http://archive-ouverte.unige.ch/unige:16983
Ribeiro, A. E. M. (2018). Princípios do Método Clínico de Jean Piaget: uma análise dos protocolos de pesquisa entre 1920 e 1922. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Assis, SP.
Rijsman, J. (1996). An intellectual and technological panorama of Piaget’s world. Em A. N. Perret-Clermont & J. M. Barrelet (Orgs). Jean Piaget and Neuchâtel: the learner and the scholar (pp.119-136). Lausanne: Éditions Payot.
Silva, M. C. de V. M. (2011). História dos testes psicológicos: origens e transformações. São Paulo: Vetor.
Tryphon, A. (2004). De l’expérience à la publication: le cas de Piaget. Bulletin de Psychologie, 57(6), 595-610.
Vasconcellos, M. S. (Org). (2001). Criatividade: Psicologia, educação e conhecimento do novo. São Paulo: Moderna.
Vidal, F. (1986). Piaget et la psychanalyse: premières recontres. Le Bloc-notes de la Psychanalyse, 6, 171-189.
Wreschner, A. (1912). Die Sprache des Kindes. Zurique: Orell Füssli.
Zazzo, R. (2010). Alfred Binet. Em R. Zazzo. Alfred Binet (C. S. M. de Almeida, Trad.) (pp. 11-28). Recife: Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2020 Memorandum: Memória e História em Psicologia
TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Os trabalhos publicados na revista eletrônica Memorandum: Memória e História em Psicologia são licenciados sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Comons - Atribuição 4.0 Internacional. 