Tecnologias pós-humanistas e o mercado de trabalho brasileiro para Arquivistas

percepções e desafios por meio de estudos de cenários prospectivos

Autores

Palavras-chave:

Arquivologia no Brasil, Gestão da informação e do conhecimento, cenários prospectivos, Inteligência Artificial, tecnologias pós-humanistas

Resumo

A atual Sociedade da Informação e do Conhecimento tem exigido cada vez mais dos profissionais habilidades que envolvam o gerenciamento dos recursos tecnológicos presentes nas organizações onde trabalham. A História indica que ao longo dos milênios as tecnologias (da pintura rupestre ao software) promovem mudanças comportamentais, sociais, físicas e mentais de todos aqueles que dela se utilizam direta ou indiretamente. Esta pesquisa objetiva analisar as implicações das mudanças que as tecnologias estão provocando, de modo a delinear o perfil desejável para o Arquivista no mercado de trabalho diante dos cenários prospectados, com vistas a responder a seguinte problemática: quais desafios, facetas e cenários prospectivos podem ser delineados em relação ao perfil e ao mercado de trabalho do profissional Arquivista? Este trabalho está calcado no pressuposto de que ao reconhecerem as tendências tecnológicas, os Arquivistas estão implementando estratégias para manter sua relevância profissional, contribuindo ativamente para a definição de novos padrões e práticas na Ciência da Informação e na Arquivologia. Quanto à estrutura metodológica, possui abordagem abdutiva, com enfoque qualitativo e quantitativo, aplicando os procedimentos de estudo de caso e estatísticos, tendo por natureza a bibliográfica e a documental. A coleta e a análise dos dados foram feitas com aplicação dos métodos de revisão sistemática da literatura com uso do PRISMA, Grupo Focal, método de Delphi e método de Godet. O estudo revela que as variáveis Matriz Curricular, Marketing, Educação Continuada e Concurso Público impactam diretamente a movimentação dos atores Arquivistas, Arquivos, Associação, Cursos de graduação em Arquivologia, Governo e Tecnologias pós-humanistas, criando quatro cenários prospectivos possíveis para o futuro da profissão. Os resultados obtidos proporcionam uma compreensão abrangente das expectativas do mercado e dos desafios enfrentados pelos Arquivistas. Diferenças e similaridades nos cenários prospectados destacam a necessidade de ajustes na formação básica, implementação de estratégias de marketing eficazes e a relevância do engajamento associativo. As estratégias propostas visam preparar esses profissionais para lidar com as transformações iminentes, enfatizando uma visão estratégica e conscientização tecnológica para assegurar uma posição relevante no mercado laboral. A pesquisa conclui com sugestões para futuras investigações, incluindo a expansão do estudo para outros países, aprofundamento das implicações éticas associadas ao uso de tecnologias pós-humanistas, desenvolvimento de protocolos para o uso ético dessas tecnologias, estudos de casos práticos, avaliação da aceitação dessas tecnologias pelos profissionais e pela sociedade e a promoção do treinamento contínuo. O trabalho finaliza ressaltando a resposta satisfatória à problemática proposta, proporcionando um olhar instigante para novas indagações e reflexões na Ciência da Informação e Arquivologia.

Biografia do Autor

  • Adelaide Helena Targino Casimiro, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Mestra em Ciência da Informação pela UFPB. Bacharela em Biblioteconomia pela UFPB. Professora na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Participante do Grupo de Pesquisa Informação, Aprendizagem e Conhecimento (GIACO). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9088-9621

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Publicado

2025-02-05

Edição

Seção

Resumo de Tese e Dissertação

Como Citar

Tecnologias pós-humanistas e o mercado de trabalho brasileiro para Arquivistas: percepções e desafios por meio de estudos de cenários prospectivos. Múltiplos Olhares em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 15, p. e056685, 2025. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/moci/article/view/56685. Acesso em: 30 mar. 2025.