A dedirrósea aurora
feminismo e totalidade histórica em Vai raiar o sol, de Júlia Lopes de Almeida
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.28.3.137-162Palavras-chave:
dramaturgia, teatro brasileiro, teoria críticaResumo
Resumo: A análise de um texto de Júlia Lopes de Almeida, que permaneceu inédito e desconhecido por muito tempo, procura tornar visível o papel desempenhado pelas mulheres na história da dramaturgia brasileira, buscando contribuir não só para recuperar uma parte das inúmeras vozes emudecidas pela historiografia oficial, mas também para mostrar que, a despeito de a organização social da produção teatral ter excluído sistematicamente através dos séculos a participação das mulheres, há contribuições decisivas de dramaturgas brasileiras na história de nossa formação negativa. Mais do que isso, procuraremos demonstrar que Vai raiar o sol expressa, por meio do deslocamento de diversos procedimentos que marcam o modelo hegemônico do drama burguês, aspectos históricos importantes da situação das mulheres trabalhadoras durante o longo século XX brasileiro.
Palavras-chave: Dramaturgia; teatro brasileiro; teoria crítica.
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