Uma leitura moderada da Revista da Sociedade Philomathica
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.31.3.255-273Palavras-chave:
Sociedade Filomática, romantismo, língua brasileira, Evaristo da VeigaResumo
Este trabalho pretende apontar uma nova maneira de interpretar as propostas estéticas da Revista da Sociedade Philomathica (1833), órgão de divulgação da Sociedade Filomática da Academia de Direito de São Paulo, não a partir de uma perspectiva proto-romântica e ultranacionalista, como quis a historiografia literária do século XX, mas de um ponto de vista deliberadamente moderador. Pretende-se mostrar que a Philomathica, em todos os assuntos que lhe diziam respeito (literatura, filosofia, política), tendia a assumir uma postura eclética, avessa às opiniões extremadas e perfeitamente alinhada ao projeto político-cultural de outros periódicos contemporâneos como a Aurora Fluminense e O Homem e a América, jornais ligados à Sociedade Defensora da Liberdade e Independência Nacional, associação que comungava várias personalidades importantes da vida política na corte, e de onde manaria o influxo literário que deu origem a nosso romantismo moderado.
Downloads
Referências
AMORA, Antônio Soares. O romantismo. São Paulo: Cultrix, 1969.
AMORA, Antônio Soares. Um precioso documento. Revista da Sociedade Philomathica. São Paulo: Metal Leve S.A., Ed. fac-sim. 1977. [Sem paginação].
ANCILLON, Friedrich. Du juste milieu, ou du rapprochement des extrêmes dans les opinions. t. 1 Bruxelles: Société Belge de Librairie Human, 1837.
ANNUNCIO. O Novo Farol Paulistano. São Paulo, n. 208, p.886, 27 set. 1833. Disponível em: Acesso em: 12 dez. 2022.
AVISO. O Observador Constitucional. São Paulo, n. 64, p. 256, 2 jul. 1830. Disponível em: Acesso em: 12 dez. 2022.
AVISOS. O Farol Paulistano. São Paulo, n. 354, p.1522, 17 jun. 1830. Disponível em: Acesso em: 12 dez. 2022.
BANDECCHI, Brasil. A faculdade de direito, a poesia e a história. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. São Paulo, v. LXXIX, [s.n.], p. 299–330, 1984. Disponível em: Acesso em: 12 dez. 2022.
BOLETIM da sociedade. O Homem e a América. Rio de Janeiro, n. 45, p. 181–182, 28 set. 1832. Disponível em: Acesso em: 13 dez 2022.
CAMPOS, C. Carneiro de et al. Introducção. Revista da Sociedade Philomathica. São Paulo, n. 01, Ed. fac-sim, p. 3–17, jun. 1833.
CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 6 ed. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 2000.
CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2002.
CASTELLO, José Aderaldo. Manifestações literárias do período colonial. São Paulo: Cultrix, 1972.
CASTELLO, José Aderaldo. Os pródromos do romantismo. In: COUTINHO, Afrânio; COUTINHO, Eduardo de Faria (Orgs.). A literatura no Brasil: era romântica. São Paulo: Global, 1997, p. 37–69.
CASTELLO, José Aderaldo. Textos que interessam à história do romantismo. I São Paulo: Conselho estadual de cultura, 1961.
COUSIN, Victor. Préface. In: TENNEMANN, Wilhelm Gottlieb. Manuel de l’histoire de la philosophie. t. 1. Paris: A. Sautelet et cie., 1829, p. V–XXVII.
COUTINHO, Afrânio. A tradição afortunada: o espírito de nacionalidade na crítica brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1968.
DAMIRON, Jean-Philibert. Essai sur l’histoire de la philosophie en France au dix-neuvième siècle. Paris: Ponthieu et compagnie, 1828.
EPÍSTOLA ao Sr. J. B. Montaury: sobre as dificuldades e devido emprego da poesia. Revista da Sociedade Philomathica. São Paulo, n. 3, Ed fac-sim, p. 85–90, 1833.
FERRETTI, Danilo José Zioni. A Confederação dos Tamoios como escrita da história nacional e da escravidão. História da historiografia. Ouro Preto, v. 8, n. 17, p. 171–191, 2015. DOI: https://doi.org/10.15848/hh.v0i17.831 Disponível em: https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/831 Acesso em: 13 dez. 2022.
GAVET, Daniel; BOUCHER, Philippe. Jakaré-uassu, ou os tupinambás, chronica brasileira por D. Gavet e P. Boucher. Revista da Sociedade Philomathica. São Paulo, n. 3, Ed fac-sim, p. 92–98, ago. 1833.
IG. Cartas sobre a Confederação dos Tamoyos. Rio de Janeiro: Empreza Typográphica Nacional do Diário, 1856.
INTERIOR: São Paulo. Aurora Fluminense. Rio de Janeiro, n. 681, p. 2901–2902, 28 set. 1832. Disponível em: http://memoria.bn.br/pdf/706795/per706795_1832_00681.pdf Acesso em: 13 dez. 2022.
MOREIRA, Maria Eunice. Nacionalismo literário e crítica romântica. Porto Alegre: IEL, 1991.
PINASSI, Maria Orlanda. Três devotos, uma fé, nenhum milagre. São Paulo: Ed. UNESP, 1998.
RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Do barroco ao modernismo. São Paulo: Conselho estadual de cultura, 1968.
REDACTORES, Os. Noticia Bibliographica extrahida da Revista Encyclopedica. Revista da Sociedade Philomathica. São Paulo, n. 2, Ed fac-sim, p. 62–66, jul. 1833.
RIBEIRO, Francisco Bernardino. Scena de Bosque ―Riacho do Ypiranga. Aurora Fluminense. Rio de Janeiro, n. 681, p. 2901–2902, 28 set. 1832. Disponível em: Acesso em: 14 dez. 2022.
RIO de Janeiro: Artigo communicado. Aurora Fluminense. Rio de Janeiro, n. 816, p. 3470–3473, 16 set. 1833. Disponível em: Acesso em: 14 dez. 2022.
ROCHA, Justiniano José da. Ensaio critico sobre a collecção de Poesias do Sr. D. J. G. Magalhães. Revista da Sociedade Philomathica. São Paulo, n. 2, Ed. fac-sim, p. 47–57, jul. 1833.
SILVA, Firmino Rodrigues da. Nênia à morte do meu bom amigo, o Dr. Francisco Bernardino Ribeiro. O Brasil. Rio de Janeiro, v. 1, n. 107, p. 1–2, 16 mar. 1841. Disponível em: Acesso em: 14 dez 2022.
SOUSA, Otávio Tarquínio de. História dos fundadores do Império do Brasil. Volume IV: Evaristo Ferreira da Veiga. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2015. Disponível em: Acesso em: 14 dez 2022.
STASSART, Caroline de. Avant-propos. In: ANCILLON, Friedrich. Du juste milieu, ou du rapprochement des extrêmes dans les opinions. t. 1 Bruxelles: Société Belge de Librairie Human, 1837, p. I–XXVIII.
VIANNA, Hélio. Francisco de Sales Torres Homem, visconde de Inhomirim. Revista do Instituto Histórico e Geográfi-co Brasileiro. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, v. 246, p. 253–281, jan./mar. 1960. Disponível em: Acesso em 14 dez. 2022.
Esta obra está licenciada com uma Licença 