Uma leitura moderada da Revista da Sociedade Philomathica
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.31.3.255-273Parole chiave:
Sociedade Filomática, romantismo, língua brasileira, Evaristo da VeigaAbstract
Este trabalho pretende apontar uma nova maneira de interpretar as propostas estéticas da Revista da Sociedade Philomathica (1833), órgão de divulgação da Sociedade Filomática da Academia de Direito de São Paulo, não a partir de uma perspectiva proto-romântica e ultranacionalista, como quis a historiografia literária do século XX, mas de um ponto de vista deliberadamente moderador. Pretende-se mostrar que a Philomathica, em todos os assuntos que lhe diziam respeito (literatura, filosofia, política), tendia a assumir uma postura eclética, avessa às opiniões extremadas e perfeitamente alinhada ao projeto político-cultural de outros periódicos contemporâneos como a Aurora Fluminense e O Homem e a América, jornais ligados à Sociedade Defensora da Liberdade e Independência Nacional, associação que comungava várias personalidades importantes da vida política na corte, e de onde manaria o influxo literário que deu origem a nosso romantismo moderado.
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