O medo de μορμολύκεια (Pl. Phd 77e)

estudos para uma tradução brasileira do vocábulo grego

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17851/2358-9787.34.2.156-171

Palavras-chave:

tradução, μορμολύκεια, cuca, cultura

Resumo

Este artigo explora a complexidade da tradução cultural através da análise das figuras folclóricas Mormó, da mitologia grega, e Cuca, do folclore brasileiro. Através da comparação entre essas entidades, discutem-se as interações entre as tradições culturais e as representações de gênero. O estudo revela que ambas as personagens são utilizadas como instrumentos pedagógicos para controlar o comportamento infantil, refletindo normas sociais sobre a maternidade. Ao considerar as similaridades e diferenças entre as culturas grega e brasileira, propõe-se uma tradução que respeite e valorize os contextos culturais originais. A tradução sugerida para μορμολύκεια encontra sua zona de contato com a folclórica Cuca, destacando a necessidade de um diálogo intercultural que enriqueça as tradições literárias e populares.

Referências

AZEVEDO, Maria. Platão. Fédon. São Paulo: Editora Universidade de Brasília, 2000.

BASSNETT, Susan. When is a Translation not a Translation? In: BASSNETT, Susan; LEFEVERE, Andre. (eds.). Constructing Cultures: Essays on Literary Translation: Topics in Translation: 11. Clevedon: Multilingual Matters, 1998. 25-40.

BLADÈR, Joan. Contes de Gasconha: segonda garba (contes mistics e legendas). 2. ed. Orthez: Per Noste, 1976.

CAMPOS, Haroldo. Metalinguagem & outras metas: ensaios de teoria e crítica literária. São Paulo: Perspectiva, 2004.

CASCUDO, Luís Câmara. Geografia dos mitos brasileiros. 3. ed. São Paulo: Global, 2002.

CASCUDO, Luís Câmara. Literatura oral no Brasil. 2. ed. São Paulo: Global, 2006.

CLARO, Majori Fonseca. Da isbá na floresta gélida à caverna tropical: aproximações entre as personagens Baba-Iagá e Cuca. 2012. 203 f. Dissertação (Mestrado em Literatura e Crítica Literária) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2012.

CORNELLI, Gabriele. Platão. Fédon ou Sobre a alma. Tradução, introdução e notas. São Paulo: Penguin-Companhia das Letras, 2025.

DIXSAUT, Monique. Platon, Phédon. Paris: Flammarion, 1991.

ESOPO. Fábulas completas. Tradução direta do grego, introdução e notas por Neide Cupertino de Castro Smolka. São Paulo: Moderna, 1994 (Coleção Travessias).

FONTENROSE, Joseph. Python: a study of delphic mith and its origins. California: University of California Press, 1980.

GUAL, Carlos; HERNÁNDEZ, Marcos Martínez; ÍÑIGO, Emilio Lledó. Platón. Fédon, Banquete, Fedro. Madrid: Editorial Gredos, 1986.

HACKORTH, Robert. Plato. Phaedo. New York: Cambridge University Press, 1955.

JOHNSTON, Sarah. Restless Dead: Encounters between the Living and the Dead in Ancient Greece. Berkeley: University of California Press, 1999.

LOBATO, Monteiro. O Saci. 1. ed. São Paulo: Monteiro Lobato e Cia, 1921.

LOBATO, Monteiro. O Saci. 3. ed. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1928.

LOBATO, Monteiro. O Saci. 8. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1941

PALEIKAT, Jorge; COSTA, Cruz. Platão. Fédon. São Paulo: Abril Cultura, 1972.

PATERA, Maria. Reflections on the discourse of fear in greek sources. In: CHANIOTIS, Angelos; DUCREY, Pierre. (Ed.). Unveiling Emotions: Stuttgart, 2014. p. 108-134.

PATERA, Maria. Figures grecques de l’épouvante de l’antiquité au présent : peurs enfantines et adultes. Boston: Brill, 2015.

PÉREZ, Clodio González. A coca e o mito do dragon. Vigo: Ir Indo, 1993.

SANTOS, Boaventura. Toward a new common sense: law, science and politics in the paradigmatic transition. New York: Routledge, 1995.

SANTOS, Boaventura. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2010.

SMITH, Jonathan. Towards Interpreting Demonic Powers in Hellenistic and Roman Antiquity. In: HAASE, Wolfgang. (Org.). Teilband Religion. Berlin: De Gruyter, 1978. p. 425-439.

TOURY, Gideon. Descriptive Translation Studies and Beyond. Philadelphia: JB Publishing Company, 1995.

WYLER, Stéphanie. Faire peur pour rire? Le masque des erotes. Cahiers des thèmes transversaux ArScAn. v. 6, p. 68-70, 2005. Disponível em: https://hal.science/hal-02188368v1. Acesso em: 21 abr. 2023.

Downloads

Publicado

2025-07-08