A nação na ponta da meia-língua
ausência, silêncio e morte em A menina morta
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.11..159-166Keywords:
Nação, Fundação, Memória, Voz, Língua.Abstract
A partir da leitura da obra A menina morta, de Cornélio Penna, publicada em 1954, pretende-se discutir as tentativas de representar a nação pela via do feminino. Considerando-se a voz, elemento essencial para a efetivação das narrativas da nação, a “meia-língua”, configurada na obra, evoca as vozes despossuídas das personagens femininas: as escravas, a governanta alemã, as parentas agregadas, o fantasma da menina morta e Carlota, a filha recém-chegada da corte, que daria continuidade a um projeto fundador. Na contra-mão da convivência pacífica entre casa-grande e senzala, pontuada por Gilberto Freyre, A menina morta representa um tipo de narrativa que pode indicar a inviabilidade de um projeto fundador.
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