Esau and Jacob, the history of the Machadian suburbs

physiognomies of a carnavalized Brazil

Authors

  • Ana Clara Magalhães de Medeiros Universidade Federal de Alagoas
  • Augusto Rodrigues da Silva Junior
  • Rafael Lima Lobo dos Santos Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.17851/2358-9787.32.1.48-65

Keywords:

Esau and Jacob, Morro do Castelo, Geopoetry

Abstract

This article analyzes the novel Esau and Jacob, by Machado de Assis, published in 1904, from Morro do Castelo, taken by us as “image of thought” for a historical and carnavalized reading of the narrative signed by Conselheiro Aires. The highlighted expression is by Walter Benjamin, angular thinker for the development of the concept of “physiognomy”, structuring term of our thinking, made by the German-Brazilian critic Willi Bolle. The notion of geopoetry, understood here as a theoretical and literary practice which focus on the artistic and literary margins, not only in its written expressions, but also vocalized, performed and experienced in the core of popular culture, it adds to the Bakhtinian proposals of carnavalization and incompleteness to embody the theoretical framework of this geopoetry´s study, which is based on a dialogic methodology (in Mikhail Bakhtin’s terms). Through conclusions, we verify how Machado’s novel of the opening of the 20th century is consolidated as carnivalized and liminal prose (this last concept by Victor Turner), which is structured as “history of the suburbs” to tell the movement of the periphery at the center of Brazilian History.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. ASSIS, Machado de. Todos os romances e contos consagrados. 1. Vol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016a, p. 17-205.

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. ASSIS, Machado de. Todos os romances e contos consagrados. 1. Vol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016b, p. 441-638.

ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. ASSIS, Machado de. Todos os romances e contos consagrados. 3. Vol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016c, p. 11-213.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 4. ed. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. 6. ed. Trad. Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec; Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2008.

BARRETO, Lima. O subterrâneo do morro do Castelo: um folhetim de Lima Barreto. 4. ed. Rio de Janeiro: Dantes, 2017.

BASTOS, Hermenegildo. A profecia e a circulação do capital. Leitura de Esaú e Jacó. As artes da ameaça – ensaios sobre literatura e crise. São Paulo: Outras Expressões, 2012, p. 65-83.

BENJAMIN, Walter. Documentos de cultura, documentos de barbárie: escritos escolhidos. Sel. e apresentação: Willi Bolle. SP: Cultrix/EDUSP, 1986.

BOLLE, Willi. Fisiognomia da metrópole moderna: representação da história em Walter Benjamin. 3. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012.

CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.

MEDEROS, Ana Clara Magalhães de. Um romance machadiano de “brasis liminares”: cultura popular e poéticas da oralidade em Esaú e Jacó. Anais eletrônicos do XVI Congresso Internacional ABRALIC: Circulação, tramas & sentidos na Literatura. Brasília: ABRALIC, 2019.

MENEZ, Alexsandro. Civilização versus barbárie: a destruição do Morro do Castelo no Rio de Janeiro (1905-1922). Revista Historiador, n. 6, ano 06, Janeiro de 2014. Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador. Acesso em: 2 set 2022.

NOLETO, Rafael da Silva & ALVES, Yara de Cássia. 2015. “Liminaridade e communitas - Victor Turner”. In: Enciclopédia de Antropologia. São Paulo: Universidade de São Paulo, Departamento de Antropologia. Disponível em: http://ea.fflch.usp.br/conceito/liminaridade-e-communitas-victor-turner. Acesso em 2 ago 2022.

PAIXÃO, Cláudia Míriam Quelhas. O Rio de Janeiro e o morro do Castelo: populares, estratégias de vida e hierarquias sociais (1904-1922). Dissertação de mestrado. Niterói: UFF, 2008.

SANTOS, P. Luiz Gonçalves dos. Memórias para servir a História do Reino do Brazil. Lisboa: Impressão Regia, 1825. Consultado em: 01/09/2022. https://digital.bbm.usp.br/view/?45000008286&bbm/6691#page/4/mode/2up

SILVA JUNIOR, Augusto Rodrigues. Centroestinidades e geopoesia: casa de morar Niemar é a poesia. In: Os parceiros de Águas Lindas: Ensino de Literatura pelas Letras de Goiás. Organizadores: MEDEIROS, Ana [et al.]. Goiânia: Pé de Letras, 2018. p. 53-80.

SILVA JUNIOR, Augusto Rodrigues. Cora Coralina inédita: encontro das águas da geopoesia na rua do fogo da Literatura de Campo. Anais eletrônicos do XV Congresso Internacional ABRALIC: Circulação, tramas & sentidos na Literatura. Uberlândia: ABRALIC, 2018.

SILVA JUNIOR, Augusto Rodrigues. Morte e decomposição biográfica em Memórias Póstumas de Brás Cubas. 2008. 216 f. Tese (Doutorado em Literatura Comparada) – Instituto de Letras. Universidade Federal Fluminense, Niterói (RJ).

TURNER, Victor. Dramas, campos e metáforas. Ação simbólica na sociedade humana. Trad. Fabiano Morais. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense, 2008.

Published

2024-04-23