As pacientes e encantadoras personagens femininas de Dona Anja
uma análise da descontinuidade nos prototextos de Josué Guimarães
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.28.4.453-472Palabras clave:
critica genética, Dona Anja, acervo literário Josué GuimarãesResumen
Resumo: A leitura de esboços, rascunhos e versões, ou seja, elementos pré-textuais que podem indicar a gênese de uma obra publicada – também chamados de prototextos – permite ao pesquisador, pelo viés da crítica genética, compreender movimentos criativos ao longo do processo de escritura de uma obra. Esse gesto, muitas vezes, pode explicar a construção de determinado texto e oferecer uma possibilidade de releitura da obra tida como final. A partir dessa perspectiva, o presente artigo visa à análise da descontinuidade da construção da personagem feminina em um dos prototextos do livro Dona Anja, de Josué Guimarães, resguardados no Acervo Literário Josué Guimarães, da Universidade de Passo Fundo (ALJOG/UPF), na categoria de manuscritos de produção ativa. Nesta pesquisa, a descontinuidade é compreendida como sendo formada por interrupções de enunciados de uma versão do manuscrito para outra, ou do manuscrito para o livro publicado. A investigação desses traços embasa-se nos conceitos teóricos de Pino e Zular (2007), Biasi (2010) e Willemart (2009), bem como na leitura crítico-comparativa do “livrão” – livro de notas e esboços do escritor gaúcho – e da primeira edição da obra, publicada em 1978. Por meio da observação das rasuras, configuradas em acréscimos ou supressões, pôde-se criar um novo espaço de relações e compreender o perfil e o papel das personagens femininas apresentadas na obra em questão.
Palavras-chave: critica genética; Dona Anja; acervo literário Josué Guimarães.
Referencias
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