Gilberto Freyre, leitor de Luís de Camões
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.29.3.36-55Palabras clave:
Gilberto Freyre, Luís de Camões, Lusotropicalismo, emulaçãoResumen
Este trabalho aborda o modo como Gilberto Freyre, a partir do seu olhar expressionista, emulou Luís de Camões. Rompendo as fronteiras entre o homem Luís de Camões e a sua obra, Freyre diluiu os limites que separam o autor do narrador, rompendo também as fronteiras entre o sujeito e o seu objeto de estudo. Desse modo, Freyre inscreve Camões e a sua obra em sua gramática sociológica e antropológica e, principalmente, o eleva ao panteão de um dos percussores do Lusotropicalismo.
Referencias
ALMEIDA, I. Maneirismo em Camões. In: SILVA, V. A. (coord.). Dicionário
Luís de Camões. São Paulo: Leya, 2011. p. 542-554.
BARBOSA, V.; GASPAR, L. (org.). Gilberto Freyre jornalista: uma
bibliografia. Recife: Fundação Joaquim Nabuco; Editora Massangana, 2010.
BASTOS, C. Aventura e rotina: um livro de meio de percurso revisitado.
In: CARDÃO, M.; CASTELO, C. (org.). Gilberto Freyre: novas leituras do
outro lado do Atlântico. São Paulo: Edusp, 2015. p. 35-48.
BASTOS, E. R. Prefácio à presente edição. In: FREYRE, G. O luso e o
trópico: sugestões em torno dos métodos portugueses de integração de
povos autóctones e de culturas diferentes da europeia num complexo novo
de civilização: o luso-tropical. São Paulo: É Realizações, 2010. p. 9-14.
BRITO, M. Camões à brasileira ou panorama sobre o lugar de Camões no
Brasil. Colóquio Letras, Lisboa, n. 202, p. 127-136, set./dez., 2019.
CAMÕES, L. de. Os Lusíadas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
CANDIDO, A. Aquele Gilberto. Folha de S. Paulo, São Paulo, 19 jul. 1987.
Política, p. A-12.
CANDIDO, A. Gilberto Freyre crítico literário. In: GILBERTO Freyre: sua
ciência, sua filosofia, sua arte ‒ ensaios sobre o autor de Casa-Grande &
Senzala e sua influência na moderna cultura do Brasil, comemorativos do
° aniversário da publicação desse livro. Rio de Janeiro: José Olympio,
p. 120-124.
CASTELO, C. O modo português de estar no mundo: o Luso-Tropicalismo
e a ideologia colonial portuguesa (1933-1961). Porto: Afrontamento, 1999.
CASTELO, C. Prefácio à presente edição. In: FREYRE, G. Um brasileiro
em terras portuguesas: introdução a uma possível lusotropicologia
acompanhada de conferências e discursos proferidos em Portugal e em
terras lusitanas e ex-lusitanas da Ásia, da África e do Atlântico. São Paulo:
É realizações, 2010. p. 13-30.
CUNHA, L. O luso no trópico, ou porque não pode Olinda ser Olanda. In:
CARDÃO, M.; CASTELO, C. (org.). Gilberto Freyre: novas leituras do
outro lado do Atlântico. São Paulo: Edusp, 2015. p. 70-78.
FREYRE, G. Aventura e rotina: sugestões de uma viagem à procura das
constantes portuguesas de caráter e ação. Rio de Janeiro: José Olympio;
Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1980.
FREYRE, G. Camões, lusista e tropicalista. In: ______. O luso e o trópico:
sugestões em torno dos métodos portugueses de integração de povos
autóctones e de culturas diferentes da europeia num complexo novo de
civilização: o luso-tropical. São Paulo: É Realizações, 2010a. p. 143-160.
FREYRE, G. Camões: vocação de antropólogo moderno? São Paulo:
Conselho da Comunidade Portuguesa do Estado de São Paulo, 1984a. Não
paginado.
FREYRE, G. Casa-Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o
regime da economia patriarcal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984b.
FREYRE, G. Insurgências e ressurgências atuais: crescimento de sins e não
num mundo em transição. São Paulo: Global, 2006.
FREYRE, G. Médicos, doentes e contextos sociais: uma abordagem
sociológica. Rio de Janeiro: Porto Alegre: Globo, 1983.
FREYRE, G. Novo mundo nos trópicos. Rio de Janeiro: Topbooks:
UniverCidade Editora, 2000.
FREYRE, G. Ordem e progresso: processo de desintegração das sociedades
patriarcal e semipatriarcal no Brasil sob o regime de trabalho livre: aspectos
de um quase meio século de transição do trabalho escravo para o trabalho
livre e da monarquia para a república. Rio de Janeiro: Record, 1990.
FREYRE, G. Sociologia: introdução ao estudo dos seus princípios. São
Paulo: É Realizações, 2009.
FREYRE, G. Tempo morto e outros tempos: trechos de um diário de
adolescência e primeira mocidade (1915-1930). Rio de Janeiro: José
Olympio, 1975.
FREYRE, G. Um brasileiro em terras portuguesas: introdução a uma
possível lusotropicologia acompanhada de conferências e discursos
proferidos em Portugal e em terras lusitanas e ex-lusitanas da Ásia, da África
e do Atlântico. São Paulo: É realizações, 2010b.
GIANNOTTI, J. A. Vida e obra. In: COMTE, A. Curso de filosofia positiva;
Discurso preliminar sobre o conjunto do positivismo; Catecismo positivista.
São Paulo: Nova Cultural, 2000. (Os Pensadores).
HUGO, V. Do grotesco e do sublime: tradução do “Prefácio de Cromwell”.
São Paulo: Perspectiva, 1988.
MARNOTO, R. Sobre o sentido do lirismo camoniano. In: ______. Sete
ensaios camonianos. Coimbra: Centro Interuniversitário de Estudos
Camonianos, 2007.
MELLO, E. C. de. O “ovo de Colombo” gilbertiano. In: ARAÚJO, R. M.
B.; FALCÃO, J. O imperador das ideias: Gilberto Freyre em questão. Rio
de Janeiro: Colégio do Brasil: UniverCidade: Fundação Roberto Marinho:
Topbooks, 2001.
MOREIRA, A. Lusografia. In: CRISTOVÃO, F. (dir. e coord.); AMORIM,
M. A.; MARQUES, M. L. G.; MOITA, S. B. Dicionário Temático da
Lusofonia. Lisboa; Luanda: Praia: Maputo: Textos Editores: ACLUS, 2005.
NASCIMENTO, M. T. O diálogo na literatura portuguesa Renascimento e
Maneirismo. Coimbra: Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos,
PEREIRA, J. C. S. Camões e o Neorromantismo. In: SILVA, Vítor Aguiar e
(coord.). Dicionário Luís de Camões. São Paulo: Leya, 2011.
SILVA, A. G. da. Gilberto Freyre no pós-guerra: por um modelo alternativo
de civilização. São Paulo: Editora Unifesp, 2019.