Escreva-me e te direi quem és
fazer epistolar e suas facetas em “Os romances da Bahia”, de Jorge Amado
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.30.1.102-122Palabras clave:
Jorge Amado, Romances da Bahia, carta, epistolar, correspondênciaResumen
O artigo se propõe a analisar as facetas da arte epistolar em três obras de Jorge Amado: Cacau (1933), Suor (1934) e Jubiabá (1935), que compõe o ciclo de “Os romances da Bahia”. Empreendido por Jorge Amado nos anos 1930, quando debutava na vida literária e tinha 20 anos, o projeto ficou conhecido pela crítica como “romance proletário”. Nele, o escritor se volta para as questões do povo e inaugura um período de forte militância política e de acentuada voltagem social. Amado confere grande relevância às cartas nas obras em tela, reconhecendo sua popularidade e vislumbrando sua importância para captar/retratar a vida daqueles em situação de vulnerabilidade. O artigo estuda procedimentos e mecanismos colocados em cena pelo jovem escritor e propõe novos conceitos no âmbito das correspondências, dentre os quais: a carta democrática, a epistolografia e a ascensão social, a redenção epistolar, a renúncia epistolar, o silêncio epistolar, a carta coletiva, o binômio carta e verdade e o dispositivo da carta-documento.
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