A nação é um corpo de mulher
persistências e reelaborações do imagotipo da mulher nativa na literatura brasileira
Palabras clave:
imagologia, nação, mulher nativa, Visconde de Taunay, Marcelino FreireResumen
Este artigo analisa a representação do imagotipo da mulher nativa nos contos “Ierecê A Guaná” ([1874] 2000), de Visconde de Taunay, e “Yamami” (2004), de Marcelino Freire, com o intuito de examinar suas persistências e reelaborações na série literária brasileira. Para tanto, são empregados os estudos de imagologia, em especial as teorizações de Pageaux (2011) e Sousa (2004; 2011), bem como as reflexões de Quijano (2005) e Lugones (2020) a respeito de colonialidade, raça e gênero. Percebe-se que, seja em perspectiva crítica ou não, a literatura brasileira associa as imagens da mulher nativa à representação da nação, tanto no passado como no presente. Conclui-se que as persistências e reelaborações do imagotipo da mulher nativa contribuem para sua manutenção em circulação.
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